"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

domingo, 30 de janeiro de 2011

CHARGE PUBLICADA NO "ESTADÃO" EDIÇÃO DE HOJE
perguntinha singela:  "até tu, TUKANUS?"

MERECE DESTAQUE


Publicado na coluna de Dora Kramer na edição de hoje do "Estadão"


O geólogo, Lázaro Zuquette escreve para discordar de que as ocorrências na região serrana do Rio sejam um "case" digno de estudo minucioso. "Qualquer estudante de geologia sabe que a extensão da serra do Mar voltada para o oceano evolui devido aos escorregamentos e processos erosivos".
Cita como exemplo a ocorrência de 15 mil escorregamentos nas serras do Mar e da Mantiqueira entre 2010 e 2011, cuja maioria não atingiu pessoas nem bem e, portanto, não se caracterizaram como desastres.
E conclui: "O que aconteceu foi normal para a área, o anormal é que os administradores autorizam a ocupação urbana na região".
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Notas publicadas na coluna de Cláudio Humberto, edição de hoje.



Lei impede Lula de ter carteira assinada no PT

A anunciada contratação de Lula para presidente de honra do PT por R$13 mil, com carteira assinada, esbarra no artigo 42 da lei federal 8213/91: aposentado por invalidez que voltar voluntariamente ao trabalho perderá o benefício. Lula ganha R$ 5 mil do INSS por ter perdido o dedo mínimo em suposto acidente de trabalho, aos 39 anos. À letra da lei, deveria ter renunciado à grana ao ser eleito 
presidente.
COMENTÁRIO NOSSO: 5 PAUS PELA PERDA DO DEDO MÍNIMO? E SE TIVESSE PERDIDO TODOS OS CINCO, QUANTO SERIA O VALOR?  AGORA: NÃO "PERDEU" O DEDO. NO MÁXIMO ELE FOI DECEPADO, NÉ?

Simon, o franciscano, adiou virtudes para 2015

A afirmação do senador Pedro Simon (PMDB-RS), de que até fevereiro de 2015 vai decidir se fará opção pela aposentadoria de ex-governador (R$ 25,7 mil) ou de ex-senador (R$ 24,1 mil), embolsando até lá R$ 2,6 milhões, faz lembrar Santo Agostino (354-430 d.C) em suas Confissões (volume VII, 7, 17), que, adolescente, pediu a Deus a castidade, “mas não agora”. A frase poderia ser reescrita por Simon: “Dai-me a virtude da pobreza e do comedimento, mas só em 2015”.
COMENTÁRIO NOSSO: TENHO LÁ MINHAS DÚVIDAS SE PEDRO SIMON FEZ REFERIDA AFIRMAÇÃO.

Concorrência

Dilma gosta e até estimula a briga entre os governadores do Ceará, Cid Gomes, e de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos do PSB. Ela sabe: Campos é forte candidato a presidente, em 2014.
COMENTÁRIO NOSSO:  NESSA, O CLÁUDIO 'FOFOCA" ESCORREGOU FEIO!


O cuidado com os bens comuns

Assistimos, dia após dia, com uma velocidade e uma intensidade inimagináveis há uma década, à “tragédia dos bens comuns”: um empobrecimento contínuo e irremediável de recursos naturais, de bens e valores que compõem a biodiversidade natural, social e cultural do planeta. Essa é também uma das manifestações da crise da qual não conseguimos ver o fim, não tanto pelas tendências flutuantes das bolsas de valores ou pela lentidão da “reativação econômica”, mas sim porque não há sinais tangíveis de uma inversão de orientação na governabilidade mundial da economia. O artigo é o documento do encontro Terra Futura, uma importante iniciativa da sociedade civil italiana.


Árabes incendeiam deserto



Mas como?  Um inesperado "tsumani popular"  toma conta da Tunísia e do Egito e parece espraiar-se por países vizinhos.  Não houve alerta antecipado? Fomos tomados de surpresa?  


Ao invés de lançar "salva-vidas" à multidão oprimida, sugada, faminta, mandam em seu "socorro" policiais bem armados e treinados, jatos d'água e gases dissuasivos, tanques de guerra...


Um desconhecimento total parecia recair sobre as redações das principais mídias do mundo, inclusive a NOSSA.  A nossa, exceções honrosas, que está sempre a reboque, dotada de exemplar servilismo.  Que vive de pagar e repassar "noticiários" internacionais nem sempre fiéis aos fatos, manipulados por poderosas agências internacionais, estas em permanente conluio com governantes, bancos, empresários, potentados.


Uma revolução social sangrenta só ocorre quando a situação é de miséria extrema, a vida é indigna, sem perspectivas favoráveis! 


Os canhões podem silenciar revolta, ceifar a vida de quem sonha por tempos melhores.   


Conseguirão silenciar a percepção dos bem pensantes? Dos dispostos a colocar-se na mesma trincheira dos necessitados de toda a ordem?  Haverá sempre, é certo, indivíduos a soldo dispostos a jogar pá-de-cal na podridão que empesteia os ares.   


Até quando os desertos permanecerão silenciosos?  Chegará um dia em que o clamor dos desesperançados, dos que sofrem, dos privados do bem-estar mínimo despertarão as CONSCIÊNCIAS dos que tudo podem, mas nada ou quase nada fazem em benefício dos seus semelhantes?   


"Para encontrar um oásis é preciso atravessar o deserto que o oculta".
Maria Rosa

A MÍDIA INTERNACIONAL

Para se saber um pouco como funciona a nossa imprensa, grande ou pequena, quando se trata da difusão de assuntos internacionais, temos que levar em consideração em quais fontes ela, imprensa, “bebe”.  Todas, sem exceção, noticiam os fatos divulgados por umas poucas agências noticiosas.
Destacamos as principais: United Press International, Associated Press, Reuters, CNN, BBC, New York Times, ElPais. Note que todas pertencem ao que chamamos de mundo ocidental.
O conteúdo delas, invariavelmente é o mesmo.
É raro tomarmos conhecimento de algo que não seja através de agência além das acima citadas.
Ficamos sabendo da existência da agência Al Jazira só quando esta divulgou notícias sobre a invasão do Iraque e pronunciamentos atribuídos a Bin Laden. Nada mais.
O Brasil, para o bem ou para o mal, está contextualizado dentro dos padrões ocidentais. A nossa grande imprensa divulga à exaustão as notícias fornecidas (pagas, é lógico) pelas principais agências estrangeiras, já citadas.
Dada a gama de poderosos interesses envolvidos, me pergunto se as notícias a que nós dado a conhecer são as mais fidedignas, as versões as mais isentas.  Se aquilo que nos é impingido não é uma visão parcial e estreita dos fatos.
Digo isso porque, de repente, fomos surpreendidos por notícias acerca de uma rebelião popular irrompida na Tunísia tendo culminado com a queda de um governo ditador corrupto, de mais de 20 anos de duração. O que sabemos da Tunísia?  Quase nada.  Um país apreciado pelos turistas europeus e é só. Se me perguntassem qual é a sua capital diria de estalo: Adis Abeba!  Errado, pois se trata da capital da Etiópia.
E, sem mais sem menos, outra rebelião popular sangrenta, de enormes proporções, irrompe no Egito.  Um país que sabemos ser, entre outras coisas, um dos berços da civilização, terra de faraós e seus fabulosos tesouros.
Mas como?  Deu a louca por aquelas paragens?  Virou moda?
Acontece que a gente estava “por fora”.  Desconhecíamos as tremendas dificuldades por que passavam seus povos, o grau de corrupção instalada, os desmandos, os privilégios de poucos, suas frágeis democracias, com eleições viciadas e violentas.  As prisões de ambos os países lotadas de opositores e outros tantos obrigados a se tornar refugiados políticos.


Uma coisa é certa: o estopim acende com a falta de emprego, preços elevados, serviços públicos deficientes, a maioria do povo em estado de miséria pura e simples, opressão política. 
E será que essas explosões de descontentamento surgiram como algo inesperado tal qual um tsumani?
Para nós sim.  Não para o EUA, certamente.  Tanto que os norte-americanos destinavam ao Egito, anualmente, cerca de 1,3 bilhões de dólares.  Para quê?  Para reforço da segurança interna do país contra extremistas e radicais de toda a ordem.
É de se considerar que em sociedade equilibrada não há esse tipo de gente indesejada. Extremistas só existem onde prevalece a injustiça exacerbada.
Os governos da Tunísia, do Egito, da Jordânia, da Arábia Saudita e os de outros tantos países da região estão sob influência direta dos EUA.
E com a mídia internacional que temos, é fácil concluir o porquê não existir repulsa ou melhor, a complacência que há para com tais governos ditatoriais. O mesmo não se dá em relação a países não-alinhados aos interesses estadunidenses, como é o caso do Irã, da Coréia do Norte, da Venezuela que são, sistematicamente, condenados por esta mesma mídia convencional.
Afirmo com segurança que TODA a imprensa brasileira, seja a grande como a pequena, seja a escrita, a televisa e a virtual, ao noticiar assuntos internacionais o fazem com a visão calcada nos interesses que, em boa medida, não são os nossos.
Hoje, com o advento da internet, estamos vendo um descolar de uma “realidade” que era e é imposta, em grande parte, a nós.  Celulares dotados de câmaras fotográficas e de vídeo e gravação são armas preciosas a nos mostrar, mesmo que em edição claudicante muitas vezes, acontecimentos que nos eram surrupiados.
Surgem na imprensa novos autores e atores; rapidamente molda-se uma nova conscientização pela participação de novos agentes, outrora passivos.  Constato, nos comentários e fóruns de discussão, principalmente na internet, que há ainda muito conservadorismo, ranço e radicalismo numa convivência nem sempre pacífica com idéias progressistas, ousadas.
O que importa, no fundo, é que a hipocrisia não impere.  Que os interesses escusos sejam desnudados.  E que haja muitos outros “wikileaks”!

sábado, 29 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS DA MÍDIA VIRTUAL - 29-jan-2011

Fabiana mantém rotina de 2010 e é campeã do Millrose Games, em NY


Assista em:

A brasileira venceu o 104º Millrose Games, no Madison Square Garden, em Nova York, na noite desta sexta-feira. Ela superou a americana Jennifer Suhr com 4,74m – melhor marca indoor até agora – e levou o ouro.

Goleiro distraído de time da 3ª divisão espanhola dá uma de “migué”
Assista em:

Após defesa, o goleiro Ruben Garcia ao repor el balon em jogo atravessou a linha da pequena área, passou a linha do pênalti, passou a linha da grande área e foi em frente até ser advertido pelo juiz .

Central Elétrica de Furnas

Irritada, Dilma deve trocar toda diretoria de Furnas.

O governo avisou o PMDB que não aceitará indicações do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ostenta forte influência em Furnas.

A estatal comprou por R$ 80 milhões ações que foram oferecidas oito meses antes por R$ 6,9 milhões.

O BNDES vetou financiamento de R$ 587,8 milhões à hidrelétrica Serra do Facão, em Goiás, após a empresa Companhia Energética Serra da Carioca 2, ligada ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrar no negócio no começo de 2008.
O empreendimento era tocado por Furnas, estatal do setor de energia.
Em julho de 2008, pouco mais de um mês após o veto do BNDES, Furnas resolveu comprar a parte da Serra da Carioca no negócio.
A Folha apurou que o BNDES justificou sua decisão de suspender a ajuda financeira, em 2008, com o fato de que sócios e investidores na Serra da Carioca haviam sido investigados pela CPI dos Correios, que em 2005 apurou o mensalão e suposta corrupção em estatais.
O banco argumentou ainda que "constatou-se que a declaração de renda" de João Alberto Nogueira, dono da empresa, "era incompatível com as alegadas atividades exercidas e sua participação nas empresas não aparecia na declaração de bens".
A compra está sob suspeita porque a estatal pagou R$ 73 milhões a mais pelas ações em relação ao valor pelo qual a empresa as havia adquirido oito meses antes de outra companhia, chamada Oliveira Trust.
Ex-aliados e futuros colegas na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) trocaram insultos pela internet.
A guerra entre os dois tem como pano de fundo as acusações de irregularidades na gestão de Furnas, área de influência de Cunha.


O vice-presidente da República, Michel Temer, repreendeu ontem "a briga lamentavelmente ácida" entre peemedebistas e petistas pelo comando de Furnas.
"O nome pode ser do PMDB, mas um nome técnico, que tenha condições de gerir a empresa", insistiu. Temer não fez comentários sobre as denúncias de irregularidades na estatal sob ingerência do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), causa da troca de acusações.
 Na semana passada, o secretário de Habitação do Rio, Jorge Bittar (PT), encaminhou ao ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, documento em que funcionários de carreira denunciam o aparelhamento da estatal e desvios administrativos, segundo eles patrocinados por Cunha. O peemedebista reagiu com ataques à "incompetência" dos diretores ligados ao PT.



Valor Econômico
Rombo no PanAmericano vai a R$ 4 bi e BTG faz oferta

SÃO PAULO - A nova administração do banco PanAmericano informou ao empresário Silvio Santos nos últimos dias a existência de um novo rombo de R$ 1,5 bilhão nas contas da instituição, que se soma àqueles R$ 2,5 bilhões apontados em novembro e que motivaram uma operação de salvamento com recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Pelo menos parte do novo rombo se relacionaria a provisões para crédito de liquidação duvidosa, que estariam abaixo do necessário.
O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, fez ontem uma proposta firme de compra do controle do PanAmericano, apurou o Valor.


Lula recebe o título de doutor honoris causa da Universidade Federal de Viçosa

O ex-presidente - escolhido como paraninfo de várias turmas e 1.200 formandos da universidade - evitou temas políticos, mas não deixou de alfinetar os antecessores ao criticar o "abandono" do ensino no País, a "lógica excludente desastrada do passado" e o que chamou de "negligência" com a formação profissional.

Lula discursou pela primeira vez desde que deixou o Palácio do Planalto e atribuiu a homenagem à uma constatação das "grandes conquistas" alcançadas pelo País últimos anos. O ex-presidente - escolhido como paraninfo de várias turmas e 1.200 formandos da universidade - evitou temas políticos, mas não deixou de alfinetar os antecessores ao criticar o "abandono" do ensino no País, a "lógica excludente desastrada do passado" e o que chamou de "negligência" com a formação profissional.

Lula classificou o título como o 4º diploma que recebia em sua vida, após a conclusão do curso primário, a formação como torneiro mecânico pelo Senai e a diplomação como presidente da República.

No primeiro evento público que participou fora de São Paulo após deixar o Palácio do Planalto, o ex-presidente estava à vontade e foi recebido como um verdadeiro pop star. A cerimônia abrangeu a formatura de 15 cursos da universidade e 360 graduandos.

SP: polícia descobre túnel em penitenciária de segurança máxima

Descoberta escavação de um túnel na penitenciária de segurança máxima Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P-II de Presidente Venceslau, a 620 km de São Paulo. A escavação já contava com cerca de 2 m de extensão.
Foi encontrada logo depois da prisão de um arqueiro que tentava jogar dentro da penitenciária, seis aparelhos de telefonia celular e que usava para a ação um arco próprio para competição esportiva e seis flechas de material plástico com os aparelhos fixados por fitas adesivas". 


A LUCIDEZ E A INDIGNAÇÃO NÃO TEM IDADE

O sempre excelente jornalista Mauro Santayanna nos brinde com o artigo “A Indignação Necessária”. (Jornal do Brasil – coluna Coisas da Política – 28-01-2011)

O título tem como base o livro intitulado Indignez-vous de Stéphane Hessel, de apenas 32 páginas, sucesso de leitura.

Quem é Stéphane Hessel?  Alemão de nascimento, educou-se em Paris e foi embaixador da França.  Na adolescência, participou da resistência contra a invasão nazista. Foi preso, torturado e enviado para um campo de concentração. 

Terminada Segunda Guerra Mundial foi um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos Humanos juntamente com o brasileiro Austregésilo de Athayde.  É o último sobrevivente e tem hoje 93 anos!

Diz que, na sua mocidade, os “inimigos” era facilmente reconhecidos: nazistas, fascistas, stalinistas e outros agrupamentos filosóficos tanto da direita como da esquerda.  Hoje não.  Esses “inimigos” se encontram em toda a parte; ora no comando de grandes grupos econômicos ora como dirigentes burocratas governamentais.

Ele diz que não há compromisso com o humanismo e impera o hedonismo e o capitalismo predador falsamente competidor, o chauvismo traduzido pelo ódio étnico.

Nesse sentido, lançou um panfleto à juventude européia para que combata esses desvios.  Esse panfleto ganha destaque nestes momentos em que estamos assistindo a diversas manifestações populares no Norte da África, em países em que a vitaliciedade tomou conta do governo central como é o caso da Tunísia, Egito, Argélia, Jordânia. E suspeita-se que essas manifestações se estenderão ao Marrocos e à Arábia Saudita.

Há uma linha tênue que liga estes governos desses países. Todos mantêm relação com grandes corporações dos sistemas financeiro-industrial mundial que controlam o fluxo de commodities, principalmente, o petróleo. Esses poderosos sistemas, controladores ou influenciadores da mídia internacional ocidental tratam tais países como de regime democrático.

O poder desse sistema financeiro-industrial tem causado apreensão a ponto do presidente dos EUA Barak Obama afirmar que o Congresso de seu país sofre grande influência, inclusive o aporte de subsídios milionários por parte das companhias petrolíferas.

Por seu turno, o presidente Sarkozy, da França, propõe taxação na movimentação do fluxo dos capitais internacionais, o que se supõe controle e acompanhamentos rígidos.  

Mesmo com o alerta e convocação que faz à juventude européia, Hessel não se deixar enganar.  Ele julga que ela está mais voltada para o seu bem-estar individual. Dessa forma, acredita mais que tais movimentos aconteçam nas periferias do mundo contra os “delegados” impostos e manipulados pelas grandes corporações.  Por seu turno, estas têm o interesse maior de especular, como ele mesmo diz: na City, na Place de la Bourse. Em Wall Street, nas Bolsas de Shangai e Hong Kong, e em outras menos cotadas.


NOTÍCIAS E ARTIGOS DA MÍDIA VIRTUAL 28-01-2011


S&P rebaixa nota do Japão de AA para AA- 
A agência de classificação de riscos Standard and Poor's cortou a nota de crédito do Japão pela primeira vez em nove anos.  Segundo a S&P, a situação já complicada tende a piorar no futuro, pois o governo não teria um plano concreto para reduzir o déficit, hoje em US$ 11 trilhões. A relação dívida-PIB do Japão é a mais alta do mundo: 200% do PIB. http://globonews.globo.com/ 
NOTA: A AGÊNCIA NÃO CONSEGUIU PREVER A CRISE MUNDIAL DE 2008-2009!

FMI vê deterioração brusca das contas fiscais do Brasil 
A situação fiscal do Brasil também foi alvo de críticas. O Fundo Monetário Internacional afirmou que a deterioração das contas do país é particularmente brusca e tudo indica que o governo não vai cumprir a meta de superávit primário, de 3% este ano. O FMI afirma que, diante do excesso de gastos, o Brasil é obrigado a manter uma política monetária mais rígida com aumento de juros para conter a inflação. 
Os Estados Unidos também foram citados no relatório. Para o fundo, os americanos precisam fazer um ajuste significativo na política fiscal para cumprir a meta de reduzir o déficit à metade nos próximos dois anos. O FMI criticou ainda a prorrogação de cortes de impostos, que não teria o impacto esperado na economia. 
http://globonews.globo.com/


28/01/2011 - 16h07

Velhos ortodoxos do FMI escreveram relatório sobre o Brasil, diz Mantega



Um dia após o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgar um relatório em que aponta deterioração "brusca" nas contas fiscais do Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou a análise do Fundo.
"O diretor-gerente deve ter saído de férias e algum daqueles velhos ortodoxos escreveu essas bobagens sobre o Brasil", disse.


Fernando Pimentel fala sobre os desafios no Ministério do Desenvolvimento

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1644481-17665,00-FERNANDO+PIMENTEL+FALA+SOBRE+OS+DESAFIOS+NO+MINISTERIO+DO+DESENVOLVIMENTO.html

O saldo comercial está em queda, o dólar baixo demais, a carga tributária alta e os juros subiram na primeira reunião do Banco Central do novo governo. Empresários estão reclamando de tudo isso. Reclamam também da burocracia, da infra-estrutura precária, dos encargos trabalhistas. E costumam se queixar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, cargo ocupado pelo economista Fernando Pimentel. Ele é o convidado de Miriam Leitão neste programa e fala sobre os projetos do ministério para o novo governo. Confira em vídeo.

Slavoj Zizek – intelectual 

Esclarecimentos de Jorge Pontual: Eu tentei ler Slavoj Zizek – os “Z” com circunflexo invertido em cima, para ficar com som de “J” – há uns dois anos quando soube que ele andava por aqui e desejei fazer um Milênio com ele, um dos intelectuais mais influentes, mais lidos e ouvidos do nosso tempo. Muito difícil.  Li o último, Living in the End Times, e depois First as Tragedy, Then as Farce, Interrogating the Real,The Parallax View e Everything you always Wanted to Know About Lacan but Were Afr.aid to ask Hitchcock.
Depois de uma hora conversando com ele, eu estava batendo pino. Simpaticíssimo, galhofeiro (adora uma piada suja), a mil por hora, Zizek é de uma obsessão contagiosa. Paradoxo: é antissocial. Diz que não gosta de gente. Detesta estudantes, intelectuais, outros psicanalistas – especialmente os lacanianos como ele – a esquerda em geral, e obviamente, despreza a direita e o centro. Mas é um doce de pessoa. Não tente entender
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por Antonio Corrêa de Lacerda

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A dívida pública brasileira é da ordem de R$ 1,5 trilhão, seu financiamento tem custado cerca de R$ 190 bilhões ao ano. São recursos que pagamos sob a forma de impostos que o Estado arrecada e transfere aos seus credores.
Cada ponto porcentual de elevação da taxa de juros representa, potencialmente, um gasto adicional de R$ 15 bilhões a cada ano. Isso é mais do que o custo anual de todo o Programa Bolsa-Família, para se ter uma ideia do estrago para as contas públicas.
É muito importante que o Banco Central tenha autonomia, relativamente, ao governo. Mas é também fundamental que não se mantenha refém de movimentos especulativos que privilegiam uma pequena camada da sociedade em detrimento do interesse coletivo.
Por todos os motivos apontados, já passou da hora de uma mudança expressiva. Isso vale tanto para paradigmas que têm que ser questionados, como o piso para a redução dos juros no Brasil, quanto ao sistema de metas de inflação em si, que deve ser preservado, mas precisa ser aperfeiçoado. Há muito a ser feito, desde os indicadores e o prazo para o foco da meta, até a forma de captação das “expectativas” dos agentes do mercado.
É também urgente rever o elevado grau de indexação da economia brasileira, especialmente das tarifas públicas. A correção automática de preços baseada em indicadores que têm pouca relação com a estrutura de custos dos setores, como é o caso do IGP e do IGP-M utilizados na maioria dos contratos, representa uma anomalia, incompatível com a nossa realidade atual.

SP tem novo recorde de temperatura

Termômetros na zona norte da capital chegaram a registrar 33,1ºC à tarde.

28 de janeiro de 2011 | 17h 22

'Eu sou candidato. Serra nunca disse que é'


Sérgio Guerra diz que lista de apoio para presidência do PSDB foi movimento natural da bancada.

28 de janeiro de 2011 | 20h 31


O deputado Jutahy Magalhães, ligado a Serra, referiu-se ao abaixo assinado em favor de sua reeleição como atitude "indigna".

É uma referência à disputa entre os grupos de Serra e Aécio que o PSDB não quer reeditar em 2014?
Estamos decididos a deletar esta questão de alas para o PSDB poder avançar. Precisamos de mineiros e paulistas para eleger o próximo presidente, e grupos são algo que, definitivamente, o conjunto do partido não quer.



Em carta à Itália, Dilma defende decisão pela permanência



A presidenta Dilma Rousseff enviou uma carta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, no último dia 24, defendendo a legitimidade da decisão do ex-presidente Lula de não extraditar o ativista político Cesare Battisti.
A carta foi divulgada ontem (28) pelo jornal Folha de S.Paulo. O Palácio do Planalto confirmou o envio da correspondência ao presidente italiano.
Na carta, Dilma lamenta que a decisão tenha gerado divergências entre os dois países, mas argumenta que o caso foi decidido com base em parecer jurídico da Advocacia-Geral da União.
“A posição que o presidente Lula adotou em dezembro último, baseado no detalhado parecer da Advocacia-Geral da União não envolve qualquer juízo de valor sobre a Justiça italiana, menos ainda sobre a vigência do Estado de Direito em seu país. Trata-se de parecer jurídico, fundado na interpretação soberana que a AGU realizou do tratado bilateral sobre extradição”, diz a carta.
A presidenta lembra ainda que, em fevereiro, o Superior Tribunal Federal (STF) deverá se manifestar sobre a decisão do Executivo de não extraditar o italiano.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Presidenta Dilma por Romero Britto



Internacionalmente conhecido e saudado como um dos mais importantes artistas plástico pop da atualidade, Romero Britto homenageou a nossa presidenta Dilma.

Romero Britto nasceu no Recife/PE e já aos 8 anos de idade demonstrou interesse e talento pelas artes.  Como membro de família relativamente humilde, enfrentou dificuldades para desenvolver toda a sua potencialidade.  Como ele mesmo disse, as circunstâncias de vida fizeram com que ele transformasse o seu mundo real sombrio em um mundo feito de cores vivas e de luz.  E que, até hoje, é a base fundamental dos seus trabalhos.

A família sempre o apoiou e o incentivou.  Graças a isso e mais a conquista de bolsa de estudos de curso preparatório, conseguiu cursar a Universidade Católica de Pernambuco, formando-se em Direito.  Porém, decidiu dedicar-se à sua inclinação artística obtendo reconhecimento mundial.  Casado, tem um filho com sua esposa norte-americana Sharon.  Reside em Miami – EUA.

Admirador incondicional de Dilma, resolveu apresentá-la ao público norte-americano de forma inusitada.

Às suas expensas, fez publicar na edição desta semana do jornal "The New York Times", em sua revista dominical "The New York Times Magazine", em página inteira, o anúncio e o retrato da presidenta em cores fortes e alegres, características de Romero Britto e da alma brasileira.   

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Qual é a fórmula?


Se Einstein, o grande mestre da matemática e da física e que casou por duas vezes não conseguiu decifrar, quem há de poder?





segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COMENTANDO ARTIGO "A REGRA DO JOGO"

Jornalista DORA KRAMER


Tomei conhecimento de seu artigo A Regra do Jogo (clique aqui para ver), de 14 do corrente.

Se merecer a consideração de sua leitura, informo haver constatado nos manuais de redação do "Estadão" e no da "Folha de SP" que o termo "presidente" se presta a designar aquele ou aquela que venha a ocupar a Presidência da República.  

Dicionários como Michaelis, Dicionário Brasileiro Globo, Aurélio, e outros mais, trazem o termo "presidenta", como sinônimo de "mulher que preside".  A bem senhora sabe disso.

Portanto, mesmo se eu fosse conhecedor profundo da língua portuguesa, não me atreveria em contrapor-me a tão ilustres mestres (autores dos dicionários) do vernáculo pátrio.  E nem me parece soar MUITO melhor, para o caso, “presidente” em face de “presidenta”.  Vai do gosto de cada um.  Ou da implicância que se tem. Até ouso pergunta-lhe: que imprensa é essa que a senhora se refere haver decidido tratá-la por “presidente”?  

Outra coisa: embora tenha maneirado o texto com um "Isso se for mesmo exigência dela e não invenção de marqueteiro" creio que a senhora foi MUITO rigorosa (no significado de cruel) ao elaborar a frase: "É uma idiossincrasia vã essa exigência de Dilma ser...".  Será que a nossa “presidenta” teve mesmo a intenção velada de exercer influências ao preferir assim ser tratada?   Mais: Sensibilizo-me em sabê-la preocupada para com as dificuldades dos auxiliares da “presidenta” (quais?) quando têm de se referir a ela segundo a nova norma (norma? é obrigatória?); é MUITO constrangedor mesmo ver adultos "tentando" adaptar-se só para agradar ao poder (agradar ao poder?)! 

Além do mais, surpreendo-me com a sua frase "tenta-se IMPOR a regra“, pois, não é verdade, mesmo porque essa questão idiomática jamais foi COMUM no país.  Dilma é a primeira das mulheres a assumir tão honroso cargo.  

Considerando ser a senhora uma profissional zelosa das convenções patronais, deve mesmo empregar a forma "presidente" quando se referir à senhora Dilma V. Rousseff. Profissionalmente, essa obediência é muito importante.

Sinceramente, creio que a grande imprensa nacional, exceções à parte, está de picuinha. 

E como é algo tão sem importância dada a insignificância em si, bem que a imprensa do sempre contra poderia – num gesto de suma boa vontade - tratá-la de “presidenta”, como parece preferir Dilma. 

Cordialmente,
M.F.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

NOVELA DE VERÃO  -  TRAGÉDIA ANUNCIADA


O script da Novela de Verão é sempre o mesmo.  Entra ano sai ano ela é levada “ao ar”. E prescinde de ensaio geral.  O “copião” é de cor e salteado por todos.

Muitas vezes, os atores e os cenários se repetem.  Os “novelistas”, eventualmente, são trocados a cada quatro anos.  Outros permanecem por oito anos a fio.

Os atores, regra geral, são crianças, mulheres e homens de idades variadas, pequenos empresários, profissionais liberais.  A maioria deles pertence à classe dos despossuídos.  Detentores do voto, porém sem voz que, se exercitada, com certeza será atendida pela política do ouvido mouco, sorriso nos lábios, porrete nas mãos.

Os mais abastados raramente dela participam e, quando o fazem, o cenário ambientado é diverso, luxuoso, inclusive, com final quase sempre feliz.

A verdade é que atores sem eira nem beira são os verdadeiros partícipes da novela-tragédia que, na realidade, acaba por ocasionar-lhes dor e sofrimento.  Nela, salvo alguns poucos heróis de "trinta segundos de fama", não há “mocinhos” ou “bom-mocismo” como se dizia antigamente. Longe de representar  “bandidos”, formam um enorme contingente de coadjuvantes anônimos.

Os cenários são os de destruição, de barrancos desmoronados, árvores tombadas, enxurradas que carregam terra, paus e pedras encosta abaixo.

A terra se transforma em lama que a tudo invade e destrói; as águas barrentas dos córregos e as dos rios se agigantam.  Arrastam tudo o que e quem ouse interpôr-se ao seu curso. 

Nas ruas pessoas tombam na forte correnteza, veículos bóiam.  Casas, oficinas, lojas sob a água ou tragadas por ela.

Corpos feridos e os já sem vida são retirados dos escombros, o desespero e o medo tomam conta das pessoas, lágrimas vertem nos rostos sofridos daqueles que perderam parentes, amigos, vizinhos. 

A Mídia a nos mostrar, incessante e exaustivamente, a tragédia. Nossa velha e indesejada conhecida.

As costumeiras entrevistas concedidas por “especialistas” (grande parte pertencente a partido diferente do governante da época) que, de antemão tudo sabiam e vaticinavam, fazem as mais diversas colocações, algumas até factíveis.  E, como num passe de mágica, aviam receitas tipo panacéia. 

Finalmente, há os “novelistas”, os autores fazedores das tragicomédias.  No caso, as autoridades, eleitas, escolhidas ou nomeadas por concurso, sejam as do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, de qualquer âmbito, que se apressaram a prometer as mais vistosas e inovadoras novelas.  Porém e ao cabo, acabam por exibir as enlatadas tipo mexicano, quando não comédia pastelão.   

Fora as catástrofes imprevisíveis, TODOS NÓS temos culpa por estes acontecimentos.

Nós, enquanto cidadãos mais conscientes , quando deixamos de cobrar, antecipada e veementemente, medidas saneadoras e preventivas; 


população mais carente de educação e de cidadania, de recursos financeiros, de moradia digna, que se deixa levar pelo conformismo; e


autoridade governamental, em boa medida alheia e insensível, acomodada ou impotente, despreparada ou ineficiente, a bem intencionada e a má formada de caráter. Esta, verdadeira locupletadora da Res publica.    

THE END