"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

terça-feira, 29 de março de 2011

Israel adverte Argentina!

Dura advertencia israelí al Gobierno: sería “gravísimo” un pacto con Irán
28/03/11
Trascendió un supuesto acuerdo con Teherán. Israel espera una desmentida oficial.
PorSHLOMO SLUTZKY
Tel Aviv. Corresponsal


Un serio altercado diplomático podría producirse entre Buenos Aires y Jerusalén a un mes de la visita del Canciller Héctor Timerman en el país en el que su padre encontró refugio en tiempos de la dictadura militar.
La Cancillería israelí, a través de su embajador en Buenos Aires Daniel Gazit, solicitó una urgente reacción de la cancillería argentina al darse a conocer en la prensa israelí el contenido de la nota del periodista José “Pepe” Eliaschev en el diario Perfil del sábado último.
En esta nota y bajo el título de “Argentina negocia con Irán dejar de lado la investigación de los atentados”, se describe una trama en cuyo centro estaría un documento entregado por el ministro de Relaciones Exteriores de la República Islámica de Irán, Alí Akbar Salehi, al presidente Majmud Ajmadineyad.

segunda-feira, 28 de março de 2011

LÍBIA - dividir, governar, arrancar petróleo

Sem romper o nevoeiro da guerra, é impossível entender o que realmente se passa na Líbia.
24/3/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online
A Operação Alvorada da Odisséia só está acontecendo porque os 22 membros da Liga Árabe, em votação, aprovaram a imposição de uma zona aérea de exclusão sobre a Líbia. A Liga Árabe – sempre apresentada rotineiramente nas capitais ocidentais como irrelevante, antes dessa decisão – não passa de instrumento da política externa da Casa de Saud.
A “decisão” da Liga Árabe foi incentivada pela promessa de Washington de proteger os reis/xeiques/oligarcas do Conselho de Cooperação do Golfo, contra a ação das aspirações democráticas dos respectivos cidadãos – que só aspiram a alcançar os mesmos direitos democráticos pelos quais lutam seus ‘primos’ do leste da Líbia.
Trata-se de exatamente o mesmo Conselho de Cooperação do Golfo que aprovou que a Arábia Saudita invadisse o Bahrain para ajudar a dinastia do sunita al-Khalifa a esmagar o movimento pró-democracia. A gangue do Conselho de Cooperação do Golfo é considerado pelo ocidente como “os nossos filhos-da-puta”, enquanto o coronel Muammar Gaddafi – segundo a narrativa ocidental – é terrorista que passou por curso intensivo e agora já é bandido-assassino.
O Conselho de Cooperação do Golfo inclui conhecidos campeões da luta pela igualdade: Arábia Saudita, Bahrain, Kuwait, Qatar, Omã e os Emirados Árabes Unidos. Quem primeiro votou a favor da zona aérea de exclusão foi o CCG; depois, a Arábia Saudita, cachorro grande, mediante chaves-de-braço & propinas prometidas, arrancou a aprovação pela Liga Árabe (Síria e Argélia, por exemplo, eram seriamente contra).
Para o oportunista secretário-geral da Liga Árabe Amr Moussa, que já está concorrendo à presidência do Egito, foi ótimo negócio. Recebeu ordem de Riad, ao mesmo tempo em que dava uma polida no próprio currículo, para mostrar em Washington.
Para a Arábia Saudita foi também ótimo negócio: chance perfeita para que o rei Abdullah livre-se de Gaddafi (há rixa insanável, legendária, entre os dois, desde 2002), e chance perfeita para que a Casa de Saud dê uma mão a Washington.
A Operação Aurora da Odisseia não tem meta clara. O presidente Barack Obama disse várias vezes que a coisa só acabará com a partida de Gaddafi (“Gaddafi tem de sair”). A isso se chama “mudança de regime”. Ou nos termos da nova doutrina de duas garras, de Obama,  é “o braço dos EUA” (que se estende em socorro dos que se oponham aos “governos do mal”); governos que não sejam muito do mal, casos do Bahrain ou do Iêmen, são estimulados a fazer simples “alteração de regime”.
O problema é que “mudança de regime” não é coisa que a Resolução n. 1973 tenha autorizado.
A Operação Alvorada da Odisseia é a primeira guerra africana do mais novo comando militar do Pentágono do outro lado do mundo – o AFRICOM. Em pouco tempo, virará a primeira guerra africana do Tratado da Organização do Atlântico Norte (OTAN). Embora vendida como “missão limitada”, a Alvorada da Odisseia – só para impor e manter uma zona aérea de exclusão – custará, no mínimo, 15 bilhões de dólares/ano. Os membros da Liga Árabe deverão pagar parte substancial da conta – porque o único estado que enviará forças militares é o Qatar (dois jatos Mirage).
O circo que se vê armado hoje só tem a ver com a “transição” da guerra, do comando do Pentágono na África – cuja base está em Stuttgart, Alemanha, porque nenhum dos 53 países africanos dispôs-se a recebê-la –, para o comando do Pentágono na Europa, também conhecido como OTAN.
A OTAN já interveio na Somália em 2010 – para onde levou, por avião, milhares de soldados de Uganda. Agora está conduzindo a Operação “Escudo do Oceano” ao largo do chifre da África. E antes da Alvorada da Odisseia já pusera a Líbia sob vigilância 24 horas/dia, no foco de seus aviões equipados com Sistema Aéreo de Alerta e Controle [ing. Airborne Warning and Control System, AWACS] – ativos há quase dez anos na já velha Operação Active Endeavor.
No grande quadro, o papel combinado dos tentáculos globais do Pentágono são parte da Doutrina da Total Dominação [ing. Full Spectrum Dominance], que visa a impedir que qualquer nação em desenvolvimento, ou bloco de nações, estabeleçam alianças de relações preferenciais com China e Rússia.
China e Rússia estão entre os quatro principais países BRICSs, com Brasil e Índia. Esses quatro países abstiveram-se na votação do CSONU. Só 48 antes da correria para obter essa resolução, Muammar Gaddafi havia ameaçado que, se fosse atacado pelo ocidente, transferiria os sumarentos contratos de fornecimento de petróleo para companhias da Rússia, Índia e China.
Guerra por comissão
A oposição líbia é uma colcha de retalhos de tribos inamistosas entre elas, o bem-intencionado movimento de jovens, desertores civis e militares do regime de Gaddafi, ativos patrocinados pela CIA (como o sinistro ex-ministro da Justiça Mustafa Abdel-Jalil), islamistas relacionados (e não relacionados) com a Fraternidade Muçulmana e monarquistas tribais senussi. A tribo senussi é a principal na área de Benghazi; a maioria dos “rebeldes” de keffiah & Kalashnikovs são senussi, como era o rei Idris, derrubado pela revolução de Gaddafi em 1969.
O conselho transicional da Líbia chama-se agora “governo interino” – embora ainda comprometido, segundo palavras dele, com uma Líbia não dividida. Mas não se pode excluir a divisão do país – porque a Cyrenaica, historicamente, sempre viveu às turras com a Tripolitania. Se Gaddafi conseguir organizar uma maioria tribal que o apóie, seu regime não cai.
Todos os olhos estarão postos numa “marcha verde” anunciada pela poderosa tribo al-Warfalla, a maior da Líbia, de um milhão de almas; desertaram da oposição e, agora, farão praticamente qualquer coisa para convencer Gaddafi de sua lealdade.
Nada assegura que o Movimento 17 de fevereiro, força política que esteve à frente da revolta na Líbia, com plataforma democrática de respeito aos direitos humanos, estado de direito e garantia de eleições limpas, terá o controle político em ambiente de pós-era Gaddafi.
O ocidente dará preferência a liderança que fale inglês e conheça bem as capitais europeias, além de Washington. Se possível, um fantoche maleável. O petróleo pode corromper qualquer nova liderança até o âmago. Acrescente-se a isso as apimentadas notícias sobre a al-Qaeda no Maghreb Islâmico [ing. al-Qaeda in the Islamic Maghreb (AQIM)] – mais um front de combate da CIA – com um máximo de 800 jihadis, que já estaria apoiando os “rebeldes”. Que ninguém se surpreenda com virada à Armageddon nesse cenário. – A queda de Gaddafi tem potencial para produzir mais um Afeganistão ou outro Iraque.
O acordo ao qual chegaram Obama, o primeiro-ministro britânico David Cameron e o francês Nicolas Sarkozy é que a OTAN desempenhará “papel protagonista” na Alvorada da Odisseia. Tradução: para todos os efeitos, é guerra da OTAN. A liderança política ficará com um “comitê de controle” de ministros de Relações Exteriores – um clube anglo-francês-norte-americano com borrifos de Liga Árabe. Espera-se que se encontrem em breve, em Bruxelas, Londres ou Paris.
Obama telefonou ao primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan e aparentemente convenceu-o sobre o arranjo – embora, em discurso ao seu partido governante, Partido Justiça e Desenvolvimento, Erdogan tenha dito que a Turquia “jamais apontará uma arma contra o povo líbio”.
O ministro francês Alain Juppe disse que, dado que nem todos os membros da coalizão militar são membros da OTAN, “essa, portanto, não é operação da OTAN”. Que ninguém se engane: é.
Essa guerra “é da OTAN, não é da OTAN” não é exatamente o que Sarkozy mais queria – uma plataforma “heroica” que salve sua reeleição em 2012. Mas a motivação ocidental, acima de tudo, tem sabor de petróleo. Se não se conta a Arábia Saudita, a Líbia é o mais espetacular pedaço de mundo com que podem sonhar os dependentes de petróleo de todo o ocidente: um posto de gasolina gigante no meio do deserto, sem ninguém por perto, que fiscalize.
A parte das reservas realmente já conhecidas e exploradas de petróleo e gás, da Líbia,  estão na Cyrenaica “rebelde”. Petróleo e gás respondem por 25% da economia, 97% das exportações e 90% da renda do governo. Sarkozy – além  de todo o ocidente – teme guerra muito longa. A França quer que termine logo. Diferente de Alemanha, Grã-Bretanha e Itália – que já estão lá –, a França saliva à espera de um gordo pedaço da carniça-petróleo.
Nada há, absolutamente nada, de humanitário, no atual cassino em que se converteram a União Europeia e a OTAN. A única coisa que conta é garantir posição certa na era pós-Gaddafi – bonança  de energia, primazia geoestratégica no Mediterrâneo e no espaço do Sahara-Sahel, gordos, sumarentos contratos no negócios da “reconstrução”.
Mudança de regime ou balkanização?
E a correção moral do ocidente somar-se-á a isso. Se você vende petróleo, compra armas e dedica-se a esmagar a al-Qaeda, moralmente, no ocidente, está tudo bem. Se matar seu próprio povo, não aos milhares, só às dúzias, também, tudo bem.
Assim a Arábia Saudita se safará, praticamente sem escoriações, no clima de contrarrevolução atual: a Casa de Saud está movendo todos os cordões para esmagar todas as medidas de aspiração democrática em todo o Golfo Persa.
Quanto aos regimes que matam talvez milhares de seu próprio povo – e têm petróleo, e ameaçam vender seu petróleo aos russos ou aos chineses –, seu destino é guerrear contra uma resolução-Tomahawk da ONU.
As forças da contrarrevolução estão unidas ao ocidente, como gêmeos xifópagos ligados pelo quadril. Os militares da Arábia Saudita continuarão dentro do Bahrain. O Conselho de Cooperação do Golfo legitima a guerra do ocidente contra a Líbia. Na Líbia, o ocidente dividirá para governar e escapará carregando o petróleo. A grande revolta árabe de 2011 estará acabando, em grande crash, derrubada nas areias do deserto?
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pepe-escobar-e-a-libia-dividir-governar-arrancar-petroleo.html

sexta-feira, 25 de março de 2011

Portugal, província do Brasil?

FT ironiza e sugere anexação de Portugal pelo Brasil

O jornal Financial Times (FT) ironiza esta sexta-feira com a situação portuguesa e sugere a anexação de Portugal pelo Brasil.
Na coluna «Lex», o jornal sugere que Portugal passe a província do Brasil, assegurando que as maiores vantagens seriam para Portugal.
«A União Europeia considera Portugal problemático: sem governo, com alta resistência à austeridade e fraca performance económica crónica (o PIB estagnou na última década). As negociações são duras», refere o texto. «Aqui está uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil», prossegue, elencando as virtudes brasileiras: um país onde se fala português e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década.
«Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB», acrescenta.
«Claro, o antigo colonizador ia ressentir-se da perda de status. Mas a anterior colónia tem algo a oferecer, além de spreads mais baixos no crédito e défices corrente e do Estado proporcionalmente muito inferiores. O Brasil é um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o centro emergente do poder mundial. Para casa, soa melhor do que a velha e cansada União Europeia», conclui a coluna.
Cá entre nós, as vantagens para o Brasil são:
 1 - Passaríamos a ser considerados um país europeu, abandonando a valorizada moeda Real e adotando o Euro;
2 - Seríamos uma potência marítima agregando a frota portuguesa constituída de naus e caravelas;
3 - O nosso carnaval seria enriquecido com a batucada do "fado";
4 - Os políticos portugueses são considerados honestos.  Quem sabe os nossos aprendem com eles?;
5 - Os times brasileiros passariam a disputar a "Copa dos Campeões " da liga européia e a "UEFA"
6 - E, para não nos alongar, veja as cabrochas que enriqueceriam a nossa brava gente!  

Quem tiver mais sugestões favor fornecê-las!


O pálido ponto azul - Carl Sagan Legendado

Bananeira velha também dá "cacho"


               A atriz Solonge Couto grávidou-se aos 54 anos de idade 


Grávida, a atriz Solange Couto posa ao lado de Jamenson Andrade. Foto: Phillipe Lima/AgNews

Solange, desculpe-me pelo título da matéria, mas não resisti.
A sua gravidez é inusitada e merece destaque. É a mais nova "mãe-avó" no pedaço.
Tenho amigas que já não conseguem mais engravidar-se aos 40 e poucos anos.
O exame de ressonância acusou que é "macho".  Ainda não sabe o nome que dará.  Há tantos nome: "Sarney", "Temporão", "Atéqueenfim", "Matusalém"...
O nome do pai, este jovenzinho da foto, é Jamerson Andrade, 24 anos.
Felicidades, menina! 

Por que o bocejo é "contagioso"?

Quando vemos uma pessoa bocejando, o resultado é praticamente certo: já começamos a abrir a boca para fazer o mesmo - assim como a pessoa ao lado, e a outra, e a outra... Mas por que ao ver alguém bocejar acabamos repetindo o ato?

Segundo o fisiologista Raúl Santo de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), há muitas teorias sobre o motivo de bocejarmos e sobre o porquê de ele ser "contagioso". Uma das mais aceitas indica que o bocejo é uma ação involuntária que o corpo faz para despertar, entrar em alerta. De acordo com Oliveira, a ação faz com que captemos mais oxigênio, o que aumenta a frequência cardíaca.
Mas por que bocejamos à noite, antes de dormir? Porque estamos lutando contra o sono e tentamos ficar acordados, explica o especialista.
E por que ele é "contagioso"? Oliveira explica que uma teoria, bem aceita, diz que a culpa é dos neurônios-espelho. Essas células gravam a forma como nos comportamos em determinadas situações e irão basear nossas ações futuras nos comportamentos passados - quando choramos, por exemplo, essas células entram em ação para determinar como iremos chorar novamente. Ao vermos alguém bocejando, os neurônios-espelho desencadeiam um ato-reflexo, que não controlamos, e dão início ao bocejo. Até podemos tentar pará-lo, mas ele vai começar sem que queiramos.
O que acontece é que quando bocejamos por "reflexo", em geral estamos em uma situação parecida com a primeira pessoa que bocejou. Um grupo de pessoas que está vendo um filme, por exemplo. Se elas estão relaxadas - em um filme chato, por exemplo -, quando a primeira pessoa boceja, o cérebro de uma pessoa próxima pode notar que ela precisa ficar mais alerta e também aciona o bocejo.
Oliveira afirma que, curiosamente, costumamos bocejar após ver uma pessoa de quem gostamos fazer isso. Se alguém com quem não nos relacionamos bem faz o ato, tendemos a não repetir ou pelo menos nos esforçamos a interrompê-lo. Os cientistas acreditam que isso ocorra para que não demonstremos afinidade com a pessoa de quem não gostamos.


http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/sono/sono-12.htm

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chico Anísio tem alta hospitalar

Chico Anysio em foto postada pela mulher dele nesta quarta-feira

Chico foi liberado do hospital na última segunda-feira após ficar mais de três meses internado com diversos problemas de saúde.
Na foto, ele aparece sorrindo e lendo um jornal.
Malga disse ainda que Chico foi informado da morte da irmã, Lupe Gigliotti, um dia antes de sua alta. Lupe, que também era atriz e comediante, morreu no final de dezembro passado.
"Chico soube da morte da irmã um dia antes de sair do hospital. Silêncio... Lágrimas. Depois surpreendeu, cantou uma música que fez pra ela".


LIBIA, UM PAÍS CONFLAGRADO

"A primeira baixa de uma guerra é a verdade", disse o senador americano Hiram Warren Johnson, ao final da Grande Guerra, em 1918.


O mundo não se divide entre bons maus. Mas entre interesses que se alteram de acordo com as circunstâncias e conveniências.
A crise na Líbia começou como um levante interno contra a ditadura de Muamar Kadafi. Aos poucos, se transformou em um conflito civil.
Através da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, formou-se uma coalização para intervir no conflito líbio. Os países envolvidos são: Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda.
Mais recentemente, concordaram em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN deve desempenhar o comando nas incursões.
A Alemanha, membro da OTAN, decidiu "não participar deste tipo de ações" para evitar o uso da força e mandou retirar seus navios sitiados no mar Mediterrâneo.
O Brasil, como membro temporário d0 Conselho de Segurança da ONU se absteve da votação como é de praxe.  Mais recentemente, o nosso país exigiu o cessar dos ataques feitos na Líbia.
A resolução da ONU prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de “quaisquer medidas necessárias” para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.  O conflito civil já dura mais de um mês e os insurgentes ganharam força.  Eles querem derrubar o ditador.
Interessante notar que tanto a China como a Rússia, países integrantes do núcleo duro do Conselho de Segurança da ONU (os demais são EUA, França e Reino Unido) não aprovam tais medidas, porém, não as vetaram.
Quais são os objetivos reais da intervenção na Líbia? Há quadro hipóteses:
1 – Evitar que se prossiga o massacre de rebeldes que se insurgiram contra Kadafi?
2 – Apenas estabelecer a zona de “exclusão aérea”?
3 - Apenas remover o líder Muamar Kaddafi que governa autocraticamente o país há mais de 40 anos? Se for, será necessário enviar tropas terrestres para removê-lo, assim como aconteceu contra Saddam Hussein em 2003;

4 – Matar Kadafi. Temos que lembrar que nos anos 1980, o presidente norte-americano Ronald Reagen determinou que se fizesse um bombardeio cirúrgico para matar o líder líbio depois dele ter sido acusado de envolvimento em ações terroristas. Mataram, na verdade uma de suas esposas e filho. É bom recordar das ações terroristas que tanto norte-americanos como israelenses praticaram na região.  Os primeiros, contra membros do Taleban e Al Qaeda; os segundos contra líderes do Hamas.


quinta-feira, 17 de março de 2011

WIKILEAKS – ELEIÇÕES DE 2006 – CAP. II


Desta vez, de modo condensado, abordaremos como a direita brasileira, representada atualmente pelo PSDB e o mambembe DEM, freqüentou com assiduidade as representações diplomáticas e consulares dos EUA, sediadas no Brasil.  Tudo constante dos diversos cables que as sucursais norte-americanas encaminhavam aos seus superiores.

A quem afirme que esse relacionamento demonstra claramente o grau de servilismo dos representantes da direita brasileira ao Grande Irmão do Norte.

Através dos telegramas vazados pelo WikiLeaks, pré eleições de 2006, constata-se que os tucanos acreditavam piamente (sem bem que tucano não pia) que venceriam a disputa.  Essa convicção firmava-se no fato do presidente Lula ter passado 3 anos pressionado pelo escândalo do mensalão e por uma mídia furibunda.

Alguns dos aliados de Lula afastaram-se do governo federal receosos de contaminação.  Entre eles, o governador do Paraná, Roberto Requião.

Há de se ter em vista a vassalagem descarada dos tucanos em relação aos norte-americanos e que estes, por seu turno, foram implacáveis nas observações que fizeram da inépcia da direita nacional.

Dentre os políticos brasileiros que tiveram contato com os diplomatas dos EUA, os do PSDB    são os mais assíduos com 6 tucanos aparecendo em encontros reservados. Além dos secretários paulistas Andrea Matarazzo e Fernando Braga, estão figuras ilustres entre Tasso Jereissati, Aloysio Nunes, Sérgio Guerra e o então recém-eleito governador de São Paulo, José Serra com o próprio embaixador americano Clifford Sobel.

Além dos políticos do PSDB, foram também contatados pelos americanos nomes ligados ao partido como o tributarista Raul Velloso, um dos acadêmicos da área econômica com quem Alckmin buscava conselhos. Outro nome ligado ao partido tucano é o de Christian Lohbauer que foi secretário-adjunto de Relações Internacionais de Serra.

A decisão do partido entre Serra e Alckmin é analisada pelos americanos em um telegrama. A suspeita de uso de dinheiro público no financiamento da campanha de Alckmin que gerou o escândalo da Nossa Caixa também é mencionado pelos americanos que se mostraram confusos com as acusações.

“De qualquer forma, dada à reputação ilibada de Alckmin, seria estranho para ele ter que se desviar com uma desculpa do tipo ‘todo mundo faz isso’”, observam os americanos.

O programa do candidato tucano é detalhadamente descrito em telegrama de 3 de julho de 2006.  Nos comentários, o observador político do consulado americano de São Paulo cita uma de suas fontes (esta não-identificada):

“O problema de Alckmin é que, como um médico de interior, ele não sabe pensar grande”. “Além disso, como anestesiologista, ele sabe como preparar o paciente para a cirurgia, mas está acostumado então a sentar-se e deixar alguém fazer o trabalho duro enquanto ele se satisfaz checando os sinais vitais”, cita o telegrama.

Diplomatas americanos participaram do seminário “A política externa brasileira para a América do Sul no período recente: balanço e perspectivas”, realizado no Instituto Fernando Henrique Cardoso.  O evento contou com a presença do ex-ministro de FHC Sérgio Amaral, o ex-embaixador brasileiro nos EUA, Rubens Barbosa e o economista da PUC-RJ, Marcelo Paiva de Abreu.

O encontro, mediado pelo próprio Fernando Henrique Cardoso, criticou a proximidade que Lula vinha mantendo com os vizinhos esquerdistas. Para os interlocutores, havia uma “esquerda positiva” na América do Sul identificada pelo Chile de Michéle Bachelet, e uma “esquerda negativa” constituída pelo boliviano Morales, o argentino Néstor Kirchner e o venezuelano Hugo Chávez.

Os norte-americanos observaram que as “As visões expressadas no painel não estão fora da perspectiva vigente da elite do Brasil”.

Os representantes dos EUA também consideraram que Gilberto Kassab não tinha condições de governar o Estado de São Paulo, embora o julgassem hábil dentro de seu partido e muito chegado ao presidente do PFL, Jorge Bonhausen.

Eis o que podemos comentar com a divulgação, até o presente, dos telegramas expedidos pelas representações norte-americanas sediadas em nosso país.


domingo, 13 de março de 2011

Notícia preocupante

O Estado de S. Paulo - 11/03/2011
Enquanto o déficit do INSS ficou estável, o do sistema do funcionalismo cresceu 9% entre 2009 e 2010 e superou os R$ 50 bilhões.
Está parado no Congresso desde 2007 a regulamentação do fundo de previdência complementar do funcionalismo. Com esse fundo, o teto para as aposentadorias dos servidores públicos, que hoje não existe, será o mesmo que o do INSS - atualmente, é de R$ 3.689,66.

Veja mais em: 




Fórum dos Leitores



               Para que a mente não fique ociosa ocupo o pequeno tempo de lazer para interagir com os participantes de diversos fóruns de discussão da internet. Transcrevo, aqui, alguns deles para registro:  



SARNEY E A IMPRENSA
O missivista
No final da carta que enviou ao Fórum dos Leitores (Andrei Netto, 11/3), José Sarney elogia o Estadão por suas tradicionais atividades jornalísticas na cobertura de acontecimentos de interesse de seus leitores. No entanto, é o missivista o principal responsável pela liminar que impôs inconstitucional censura ao Estadão, impedindo o jornal de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, que envolve atividades de seu filho Fernando Sarney. Constam, dentre as tradicionais atividades jornalísticas do Estadão, a descoberta e a divulgação, entre outras irregularidades, dos famosos "atos secretos" do Senado, que resultaram em ações contra o nepotismo praticado pelo missivista. Felicito o Estadão pela soltura do jornalista Andrei Netto, desejando que a todos os seus jornalistas também seja concedida ampla liberdade para que, sem censura, possam também "cobrir diretamente os momentos mais significativos da realidade" brasileira.  ROBERTO T.




               Sr. Roberto
               Respeitando o seu direito de manifestação e pensamento, faço as seguintes considerações as quais julgo pertinentes para restabelecer o bom senso comum: 
               1. O Sr. José Sarney NÃO foi o principal responsável pela solicitação da aludida liminar.  Seu filho Fernando é quem a pediu com base em direito constitucional líquido e certo.  O TJ-DF acatou e concedeu-lhe o direito reclamado;
               2. O Tribunal não aplicou CENSURA.  Confunde-se censura com direitos de cidadania. Se a medida foi acertada ou errada aí é outra discussão. Sua reclamação deveria ser dirigida ao Tribunal; 
               3. O jornal transgrediu a norma do "sigilo" interposto ao processo tanto é que, em nova apreciação, o Tribunal referendou a decisão;
               4. O sr. Fernando Sarney, a pedido de seu pai, desistiu da ação.  O jornal decidiu não aceitar.  Quer que o mérito da sua ação de defesa seja julgado.  Direito seu.  Porém, o jornal faz CHARMINHO dizendo-se sob censura há X dias. Pura balela. Quem sabe "ler" medianamente, entende que o Estadão está forçando a barra. Está tudo escrito certinho nas notinhas do citado jornal. Confira, por favor;
               5. Atos secretos do Senado.  Como o senhor, sou contra.  Nada se justifica.  Se ainda se tratasse de altos interesses e da segurança do país, ainda vá!; e
               6. Caso Andrei Neto. Como disse a nossa presidenta Dilma, a exemplo das atitudes do ex-presidente Lula, a liberdade da imprensa foi, é e será respeitada durante o seu governo. Não era antigamente. Quanto ao citado Andrei, no meu humilde entender, ele claudicou.  É jovem, reconheço. Simplesmente ele adentrou um país conflagrado de forma não convencional e ilegal.  E ainda se postou ao lados dos que lutam contra o regime.  Sua atitude, convenhamos, foi de extrema infantilidade ou petulância. Se apanhado esperava o quê?   Parabéns, festa de recepção? Que não pudesse ser tratado como um espião, um intruso?  Que como representante do jornal O Estado de São Paulo (muitíssimo conhecido por aquelas bandas, não é?) tivesse sua segurança, privacidade e conforto preservados?  Ele é jovem, porém já não é mais criança.  Devia saber dos altos riscos que corria por tamanha ousadia.  Só foi libertado rapidamente graças às excelentes relações entre Brasil e Líbia durante o governo Lula.  Afirmações dele.
               É isso. Meus sinceros cumprimentos.



Para Marcello Firenze
Prezado senhor Marcello, 
Agradeço a atenção a mim dispensada, relativamente à carta de minha autoria publicada no Fórum dos Leitores do Estadão de 11/3 - "O missivista."
Respeito, democraticamente, suas  interpretações sobre a participação de José Sarney em relação ao processo "Boi Barrica" e quanto ao ilegal ingresso, na Libia, do jornalista Andrei  Netto e as naturais consequências.
Quanto ao julgamento da liminar contra imposição da censura imposta ao Estadão, na minha opinião, o desembargador Dácio Vieira deveria ter-se proclamado impedido de julgar a questão, por ser amigo inconteste da familia Sarney e não obedeceu a preceitos legais, éticos e morais.
Na minha opinião, o Estadão  agiu de forma correta ao não aceitar a desistência  da ação, preferindo aguardar  o julgamento do mérito.
A divergência de pensamento, no entanto, não é motivo para que não possamos ser amigos.
Respeitosamente,
Roberto
___________________________________________


Censurados
Por mais que um político tente demonstrar boa intenção, quando age demagogicamente seus atos o denunciam. Neste espaço livre e democrático, reservado aos leitores do Estadão, o presidente cativo do Senado, José Sarney, felicita o jornal pela libertação de seu correspondente Andrei Netto, preso na Líbia pelo regime ditatorial de Muamar Kadafi, que agiu autoritariamente contra a liberdade de expressão do jornalista, idêntica atitude tomada pelo sr. José Sarney contra a liberdade de expressão do Estadão. Acredito que desta vez o senador tenha sensibilizado a direção do jornal. BENONE

               Sr. Benone
               Veja como são as coisas.  
               Faço boas restrições a estes políticos carreiristas.  Julgo que o exercício da política não é profissão.  Deveria ser encarado como doação. Servir à pátria de modo desinteressado visando o bem-estar comum. Sei que isso é tremenda utopia, hoje. Manifesto o meu respeito para com as suas palavras no Fórum dos Leitores do Estadão que transcrevo abaixo, mas faço os seguintes reparos:

               1. A ação do regime autocrático de Kaddafi, no caso do jornalista Andrei Neto não deve ser considerada como autoritária e contra a liberdade de expressão. Se o senhor pudesse explicar isso às autoridades líbias, que AINDA controlam o país, eles jamais compreenderiam dessa forma.  Primeiro porque se trata de um país com processo civilizatório, leis, fundamentos, interesses totalmente diversos dos nossos.  Segundo porque eles sabem do perigo que correm tal a ganância, que há por parte de interesses internacionais poderosíssimos, sobre as suas riquezas. Basta ver como se move o nada sutil monsieur le president Sarkozy. Uma verdadeira águia de rapina; e 
               2. O Senhor se engana ao afirmar que o "imortal" presidente do Senado Federal José Sarney tomou idêntica atitude contra a liberdade de expressão do jornal O Estado. Quem pediu proteção aos seus direitos constitucionais, ou seja, a concessão  do "direito ao sigilo" sobre o processo que respondia, foi o seu filho Fernando. Até me recordo que, na ocasião, o próprio pai declarou-se contrário à medida.  É só verificar as notícias da época.
               No mais, concordo com o que escreveu, principalmente ao referir-se: "por mais que um político (acrescento: ou uma pessoa) tente demonstrar boa intenção, quando age demagogicamente seus atos o denunciam".  Pura verdade. Até a próxima. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dólar, apenas um papel pintado?

Como o dólar virou a moeda mais importante do mundo


A moeda surgiu há mais de 200 anos, mas só passou a servir de padrão para pagamentos internacionais após a Segunda Grande Guerra Mundial.


Para saber mais, clique aqui 






UMA COISA É CERTA, SE TODO MUNDO RESOLVER RECEBER OS USA IRÃO DAR O MAIOR CALOTE.







Quando os Estados Unidos ainda eram uma colônia da Inglaterra, a moeda em circulação no país chamava-se "continentals". A Guerra da Independência, em 1776, foi o motivo principal para a criação do dólar. As 13 colônias que formavam o território americano precisavam de uma moeda que financiasse a revolução que transformou os EUA em uma nação soberana.

Segundo o professor, a força de expressividade de uma moeda é reflexo da importância política e econômica que o país emissor exerce no cenário mundial. O dólar é prova desta tese. Fora os EUA, existem mais seis nações que usam a moeda norte-americana como oficial: Timor Leste, Equador, El Salvador, Iraque, Palau e Panamá. Isso acontece por conta do nível de degradação que as economias desses países atingiram. "O Estado abre mão da prerrogativa de emitir uma moeda nacional e perde a autonomia das políticas monetárias, pois o dólar é emitido pelos Estados Unidos".


Ao longo das últimas décadas o dólar e o sistema bancário dos Estados Unidos enfrentaram - e superaram - diversos reveses econômicos. Entre os períodos de baixa da moeda, estão a depressão econômica entre os anos de 1873 e 1907 e a crise de 1929, que assolou os Estados Unidos e levou à falência cerca de 10.000 bancos em menos de cinco anos.