"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

terça-feira, 31 de julho de 2012

"ESTADÃO" acusa Chávez de sinistra relação com as drogas

Editorial do Estadão relaciona Chávez e narcotráfico
247 - No mesmo dia em que se oficializa a entra da Venezuela no Mercosul, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma espécie de alerta sobre o mais novo adquirido sócio do bloco. O texto relembra reportagem do New York Times que acusa o governo venezuelano de facilitar o narcotráfico no país. De acordo com o editorial, a entrada "vai premiar um governo que, além de autocrático, tem uma sinistra relação com o negócio das drogas".  Veja a seguir o editorial.
O que Chávez esconde
31 de julho de 2012 | 3h 09
O Estado de S.Paulo
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou ontem ao Brasil para a cerimônia, hoje em Brasília, na qual seu país será calorosamente recebido como sócio pleno do Mercosul. O esforço do Brasil para incluir a Venezuela - numa manobra à revelia do Paraguai, que, como se sabe, foi colocado de castigo por ter afastado seu presidente conforme manda a Constituição - vai premiar um governo que, além de autocrático, tem uma sinistra relação com o negócio das drogas, como mostra reportagem do New York Times (27/7).
Chávez tem se jactado de ser um campeão na luta contra o narcotráfico. Ele diz que seus soldados destruíram pistas para transporte de drogas, que laboratórios clandestinos foram desmontados e que muita pasta de coca foi apreendida. Além disso, a seu pedido, foi aprovada uma lei que, em tese, facilita a interceptação de aviões dos narcotraficantes. O New York Times, porém, revela que o narcotráfico não só vai muito bem na Venezuela, como o país cedeu um pedaço de território para que as Farc, a narcoguerrilha colombiana, atuem sem serem incomodadas.
A Venezuela responde por nada menos que 24% do trânsito da cocaína sul-americana destinada aos EUA, segundo um relatório americano. Na região onde as Farc intermedeiam a passagem da droga que vem da Colômbia, o New York Times constatou que as pistas destruídas na alardeada ação do Exército foram todas recuperadas pelos narcoguerrilheiros, porque os soldados não tomaram nenhuma medida para evitar sua rápida reconstrução. Ou seja: a ação contra o tráfico serviu apenas para a foto que interessava a Chávez.
Mais da metade da cocaína que transita pela Venezuela passa pelo Estado de Apure, na fronteira com a Colômbia, desde que Chávez interrompeu oficialmente sua colaboração com o governo americano no combate às drogas, em 2005. Em boa parte dessa região, o controle das Farc é absoluto. Moradores contam que os narcoguerrilheiros praticam extorsão e ocupam propriedades. E os venezuelanos dizem ter medo de denunciar a atividade criminosa às autoridades porque sabem que há conluio entre elas e as Farc.
Esse receio tem fundamento, segundo a Casa Branca. Para Washington, a "permissividade corrupta" do governo venezuelano dá total liberdade de ação para o narcotráfico. Mas a promiscuidade é ainda mais profunda, porque altos funcionários chavistas estão envolvidos até o pescoço com as Farc.
Dois ex-magistrados venezuelanos, Eladio Ramón Aponte Aponte e Luis Velásquez Alvaray, vêm contando detalhes sobre essa relação. Aponte, que foi presidente da Suprema Corte e um dos homens fortes do regime chavista, acusou quase toda a cúpula do poder venezuelano, abaixo de Chávez, de fazer parte de uma grande rede sul-americana de narcotráfico.
Velásquez Alvaray, por sua vez, afirmou que a Venezuela recebe da China armas e equipamentos militares como forma de pagamento por petróleo e que uma parte desse arsenal vai para as Farc. A operação, segundo ele, é comandada por Hugo Carvajal - atual vice-ministro do Interior, recém-nomeado por Chávez justamente para o combate às drogas. O Departamento do Tesouro americano afirma que Carvajal é importante colaborador da operação de narcotráfico das Farc. Além dele, o ministro da Defesa venezuelano, Henry Rangel Silva, também é acusado por Washington de ajudar a guerrilha colombiana a traficar cocaína. Com gente desse naipe em funções tão estratégicas, não admira que as Farc controlem tranquilamente uma parte do território venezuelano e tenham total liberdade para fazer dali sua plataforma de negócios ilícitos.
Mas o chavismo não se envergonha disso. Ao contrário: um dos líderes das Farc, Iván Ríos, disse que o narcotráfico, principal fonte de financiamento da guerrilha, era uma forma de "resistência à opressão", uma maneira de confrontar o capitalismo do "império". É desse gangsterismo dialético que se alimenta o projeto "bolivariano".
A realidade é que o Mercosul, cujas normas demandam democracia e transparência, está se abrindo a um país cujo governo tem dado reiteradas mostras de que tem muito a esconder.
COMENTÁRIOS:
Catãozinho dos Pinheirais 31.07.2012 às 12:58
Então tá. Agora o Estadão acha que o New York Times é a nova agência de inteligência dos EUA. A CIA, o FBI e o DEA já não contam. Veja que toda a matéria está baseada no que "diz o New York Times ". E depois ainda fala em armas chinesas para as FARC. E o que dizer então dos AR-15 norte americanos que abastecem os maiores traficantes e bandidos do planeta? Culpa dos comunistas também? Mas no final de tudo temos que fazer uma reflexão: Se o narcotráfico se dá bem, é porque DENTRO DOS EUA existem os piores traficantes do mundo. E também o maior número de viciados. Será que eles não poderiam dar um jeito de acabar com o tráfico dentro de seu próprio país? E, afinal de contas, para o refino da coca são necessários produtos químicos que são produzidos sabe onde? Se falou EUA, acertou. Sem contar na lavagem de dinheiro do narcotráfico que é feita em solo americano.
Marieta Bocamarte 31.07.2012 às 13:33
Não é nenhuma surpresa que o jornalecão ESTADÃO publique editorial desse naipe. Ele, o jornal, perfila ao lado dos interesses dos States e de mandantes. Adestrado que é, utiliza-se das reportagem do New York Times o qual tem o objetivo claro e insofismável de destruir o líder venezuelano. Os EUA necessitam do petróleo e outras riquezas da Venezuela. A preço bem baixinho! E é o que fizeram por muiiitttooo tempo. Não enche o saco, Estadão!
Gilson Raslan 31.07.2012 às 13:20
O Estadão repete reportagem feita pelo New York Times, que, por sua vez, replica informações do Departamento de Estado Americano.*** O matutino americano também replicou informações do Departamento de Estado Americano sobre armas químicas do Sadan Houssain, que nunca foram encontradas pelo simples fato de que elas não existiam.*** Portanto, os Mesquitas podem ir tirando o cavalinho da chuva, porque só os mal informados acreditam nessa conversa de cerca-lourenço.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-que-chavez-esconde-,908466,0.htm

domingo, 29 de julho de 2012

O tráfico de água doce no Brasil.


A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro do ano passado, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água.
A revista denuncia: “Navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”.
Empresas internacionais até já criarem novas tecnologias para a captação da água. Uma delas, a Nordic Water Supply Co., empresa da Noruega, já firmou contrato de exportação de água com essa técnica para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.
Conforme a revista, a captação geralmente é feito no ponto que o rio deságua no Oceano Atlântico. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio. Diz a revista ser grande o interesse pela água farta do Brasil, considerando que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).
Há trás anos, a Agência Amazônia também denunciou a prática nefasta. Até agora, ao que se sabe nada de concreto foi feito para coibir o crime batizado de hidropirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal, no então, não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vida que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seus domínio (CF, art. 20, III).
Outro dispositivo, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros órgãos federais, a fiscalização dos recursos hídricos de domínio da União. A lei ainda prevê os mecanismos de outorga de utilização desse direito. Assinado pela advogada Ilma de Camargos Pereira Barcellos, o artigo ainda destaca que a água é um bem ambiental de uso comum da humanidade. “É recurso vital. Dela depende a vida no planeta. Por isso mesmo impõe-se salvaguardar os recursos hídricos do País de interesses econômicos ou políticos internacionais”, defende a autora.
Segundo Ilma Barcellos, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros. Eles saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Por exemplo, os navios-tanque partem do Alaska, Estados Unidos – primeira jurisdição a permitir a exportação de água – com destino à China e ao Oriente Médio carregando milhões de litros de água.
Nesse comércio, até uma nova tecnologia já foi introduzida no transporte transatlântico de água: as bolsas de água. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia. O tamanho dessas bolsas excede ao de muitos navios juntos, destaca a revista Consulex. “Sua capacidade [a dos navios] é muito superior à dos superpetroleiros”. Ainda de acordo com a revista, as bolsas podem ser projetadas de acordo com necessidade e a quantidade de água e puxadas por embarcações rebocadoras convencionais.
Biopirataria e roubo de minérios
Há seis anos, o jornalista Erick Von Farfan também denunciou o caso. Numa reportagem no site eco21 lembrava que, depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. A nova modalidade de saque aos recursos naturais foi identificada por Farfan de hidropirataria. Segundo ele, os cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais.
Farfan ouviu Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas. O dirigente disse saber desta ação ilegal. Contudo, ele aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.
O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.
Águas amazônicas
Segundo Farfan, o tráfico pode ter ligações diretas com empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou missões religiosas internacionais. Também lembra que até agora nem mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.
A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobrás e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.
A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.
Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior parte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus. Abaixo, alguns trechos da reportagem de Erick Von Farfan:
Hidro ou biopirataria?
O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.
O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.
Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.
A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.
Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.
Segundo o pesquisador do Inpe, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa é uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.
Em todo o Planeta, dois terços são ocupados por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.
Água será motivo de guerra
A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.
Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva.
Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.
Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.
As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

Mensação Mineiro - Denúncias da revista Carta Capital

CartaCapital publica na edição que chega às bancas em São Paulo nesta sexta-feira 27 uma lista inédita de beneficiários do caixa 2 da campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo em 1998. O esquema foi operado pelo publicitário Marcos Valério de Souza, que assina a lista, registrada em cartório. O agora ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes aparece entre os beneficiários. Mendes teria recebido 185 mil reais.

Há ainda governadores, deputados e senadores na lista. Entre os doadores, empresas públicas e prefeituras proibidas de fazer doações de campanha. O banqueiro Daniel Dantas também aparece como repassador de dinheiro ao caixa 2.

A documentação foi entregue à Polícia Federal pelo advogado Dino Miraglia Filho, de Belo Horizonte. Ele defende a família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada em 2000. Segundo Miraglia, a morte foi “queima de arquivo”, pois a modelo participava do esquema e era escalada para transportar malas de dinheiro. Na lista, Cristiana aparece como destinatária de 1,8 milhão de reais.

 

Valerioduto: confira a íntegra dos documentos
CartaCapital publica a íntegra dos documentos que registram o caixa 2 da campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998. Há uma lista de doadores e outra de beneficiários.
Neste último grupo, constam meios de comunicação, institutos de pesquisa e fornecedores de vários serviços de campanha que não necessariamente sabiam da movimentação ilegal de recursos. Podem ter recebido sem conhecer a origem do dinheiro que pagou por seus serviços. De qualquer forma, a contabilidade assinada e registrada em cartório pelo publicitário Marcos Valério de Souza mapeia o fluxo dos recursos não-registrados oficialmente. A diferença é colossal. Azeredo declarou ter gasto 8 milhões de reais, mas os números apontados pelo publicitário chegam a 104 milhões.
Também é possível acessar um documento intitulado Declaração para fins de prova judicial ou extrajudicial datado de 12 de setembro de 2007 e assinado por Marcos Valério de Souza. Nele, o publicitário declara um repasse de 4,5 milhões de reais a Azeredo.
Todos os papéis estavam em posse do advogado Dino Miraglia Filho, de Belo Horizonte, e foram entregues à Polícia Federal.
Certos assessores de imprensa disfarçados de jornalistas tentam desqualificar a lista pinçando nomes de empresas citadas e perguntando se elas se corromperiam por tão pouco. Não sabemos afirmar (nem esta é a questão, a não ser para a estratégia diversionista de certos assessores de imprensa). Mas achamos que se abre uma nova linha de investigação do valerioduto.

Confira abaixo a íntegra dos arquivos (em PDF)
Listas de doadores:

Documentos de pagamento
http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2012/07/Pag12.pdf

Comentários:

Rafael 27.07.2012  
É lógico que o Marcos Valério está encenando e ao mesmo tempo mostra aos poderosos que influenciam os juízes do STF os cartuchos que ele tem. Ele é o maior “vilão” desses processos, o dono “oficial” das empresas de recepção e distribuição de dinheiro não contabilizado, reincidentes nesse tipo de empreitada, com os 2 mensalões. Portanto o mais provável de ser punido, de virar o “judas” da patuléia. Pra se garantir ele deve ter feito o documento pois estava num ninho de cobras tucanas e a própria modelo “mula” foi assassinada logo após em 2000. Nem que não sentisse ameaça de vida, se a Receita descobrisse a grana que Valério pegou, como ele comprovaria que não tinha ficado com ela, tendo de devolvê-la, pagar multa astronômica, etc.? Afinal foram, só ali, R$104 milhões. Fico imaginando se o STF e principalmente o Gilmar decidir por uma punição contra o Valério: ele poderia "ser obrigado" a confessar que aquela lista é verdadeira, e apresentar inclusive papéis comprobatórios que ele deve manter guardados para se defender nesse emaranhado de interesses. Inclusive a revista Carta Capital mostra, além da lista e da carta assinadas pelo Valério, também alguns recibos bancários e diz na matéria que no processo sobre o assassinato da modelo “há mais de 20 documentos de depósitos que reafirmam a movimentação”. Será que também foram falsificados? Caberia aí uma bela “exceção da verdade”. Esperemos que alguém da lista (desde a família FHC, o Delcídio Amaral que era do PSDB à época, o Grupo Abril, o Eduardo Jorge secretário do FHC, Marconi Perillo, Duda Mendonça, Arthur Virgílio, Mendonça de Barros, José Agripino Maia, Gilmar Mendes...etc.) processe a revista e que esta, que nunca foi irresponsável, tenha o direito de provar o que escreveu para o mundo inteiro. Com relação à matéria impressa da revista, lamentamos que não foi publicada a lista inteira, inclusive a lista onde consta o nome do Gilmar somente aparece (um pedaço) no sítio da internet. O que/por que será que a Carta Capital optou por não publicar?
Bóson de Higgs 27.07.2012
Tem razão, SERGIO GOUVEIA 27.07.2012 às 23:06, não tivéssemos a Carta Capital e os Blogues Sujos, e sabe quando iríamos conhecer esses detalhes???? Nunquinha!
Marcelo Maranhas 28.07.2012
Seria muito bom que fosse brincadeira, mas acreditar que alguém registraria em cartório algo tão incriminador e detalhado como este documento. Não se atentando nem no fato que em 1998 o Gilmar Mendes não era da AGU, no qual ele somente seria nomeado em 2000. Aloprados incompetentes, nem saber falsificar sabe. Ridículo!
Juliano Kronemberger 28.07.2012
É bastante sintomático, Gilmar Mendes procurar logo o feioso do Reinaldo Azevedo para repercutir a denúncia contra ele. É que Reinaldo Feioso Azevedo e a velhinha de Taubaté, são as únicas pessoas que acreditam na honestidade de Gilmar Mendes. Ah, outra coisa, Reinaldo Azevedo, eu NÃO sou petista. rsss...
Tenso 28.07.2012
Avaliação de papéis que provam ligação Valério-Azeredo Enviado por luisnassif, sab, 28/07/2012 - 15:58 Por Jotavê Comentário do post "Os documentos que comprovam relação entre Valério e Azeredo" A revista Carta Capital disponibilizou ontem à noite os documentos que embasaram a reportagem de Leandro Fortes. Com eles em mãos, já é possível fazermos uma avaliação mais sóbria. Marcos Valério, através de seu advogado, alega que a lista é falsa. É possível que seja, mas não é provável. O motivo é simples. Os valores que constam nos recibos correspondem, na quase totalidade dos casos, aos valores constantes das listas. Mais ainda. Quando há DIVERGÊNCIA entre os valores da lista e os constantes nos recibos, essa divergência obedece a um padrão uniforme que, como veremos, REFORÇA a hipótese de a lista ser autêntica. Vamos, antes de passar à análise dos dados, entender o material que a revista tem em mãos. Trata-se, por um lado, de um volume encadernado com o registro de doações recebidas pelo PSDB mineiro em 1998 e dos valores pagos pelas agências de Marcos Valério. Desse volume constam tanto os pagamentos contabilizados quanto os feitos por baixo do pano. A evidência disto é a discrepância entre os valores declarados pelo PSDB e os valores constantes do documento. Os pagamentos totais constantes da contabilidade secreta de Marcos Valério somam mais de 100 milhões de reais. Além desse volume encadernado, há uma série de comprovantes de depósito ou de transferência bancária feitos (todos) pela agência SMP&B de Marcos Valério em nome de pessoas e empresas listadas (todas) no volume encadernado. Há comprovantes de todos os pagamentos? Não, não há. Não esperem encontrar um recibo com o depósito na conta de Gilmar Mendes, por exemplo, ou de Aécio Neves, até porque, se esses pagamentos aconteceram de fato (e já não tenho motivos para duvidar de que isso tenha acontecido, diante dos documentos apresentados), certamente foram feitos em espécie. Se comparamos os recibos com os pagamentos declarados na lista, a concordância é quase total. Eis aqui a lista dos recibos que correspondem exatamente aos valores discriminados na lista. Listei-os por ordem decrescente de valor para fazer uma observação importante a seguir: Maria Cristina Cardoso de Mello 175.000,00 Maurílio Borges Bernardes 125.000,00 Fábio Valença 91.457,28 Jaldo Retes Dolabela 53.025,00 Afonso Celso Dias 50.000,00 Luiz Flávio Vilela Mesquita 50.000,00 Nei Martins Junqueira 50.000,00 Vagner Nascimento Junior 30.000,00 Antônio Marum 25.000,00 Cláudio Pereira 25.000,00 Ermino Batista Filho 25.000,00 Gilberto Rodrigues de Oliveira 25.000,00 Gilberto Wagner/ Mario Luis P. Pereira 25.000,00 Márcio Luiz Murta 25.000,00 Baldomedo Artur Napoleão 23.000,00 Edson Brauner da Silva 20.000,00 Honório José Franco 20.000,00 Ivone de Oliveira Loureiro 20.000,00 Maria Ângela Arcanjo 20.000,00 Marlene Arlanda Caldeira 20.000,00 Martins Adélio Gomes 20.000,00 Olavo Bilac Pinto Neto 20.000,00 Ricardo Desotti Costa 20.000,00 Rosane Aparecida Moreira 20.000,00 Wilfrido Albuquerque Oliveira 20.000,00 Ajalmar José da Silva 15.000,00 Arnaldo Francisco Penha 15.000,00 Clemente Sarmento Petroni 15.000,00 Francisco Ramalho 15.000,00 João Manoel Rathsam 15.000,00 Maria Olívia de Castro Oliveira 15.000,00 Maurício Antônio Figueiredo 15.000,00 Obed Alves Guimarães 15.000,00 Odair Ribeiro Vidal 15.000,00 Sonia Maria Salles Campos 15.000,00 Eder Antônio Madeira 12.000,00 Geruza Pereira Cardoso 12.000,00 Naylor Andrade Vilela 12.000,00 Maria Eustáquia de Castro 11.000,00 Aldimar Dima Rodrigues 10.000,00 Alencar Magalhães da Silveira Jr. 10.000,00 Grupo Hum Prop./Marketing 10.000,00 Marcelo Jerônimo Gonçalves 10.000,00 Rui Resende 10.000,00 Tarcísio Henriques 10.000,00 Vilda Maria Bittencourt 10.000,00 José Augusto Ribeiro 9.000,00 Antônio de Pádua Luma Sampaio 8.000,00 Silvana Vieira Felipe 8.000,00 Cláudio de Faria Maciel 7.000,00 Heloísa Helena Barras Escomini 5.000,00 Nelson Antônio Prata 5.000,00 José Roberto del Calle 4.000,00 Maria Aparecida Vieira 2.500,00 Maria da Conceição Almeida Alves 2.500,00 Antônio Milton Sales 2.000,00 Reparem que, se excetuarmos os quatro primeiros pagamentos, todos os outros têm valores iguais ou menores a 50 mil reais. Ou seja, nos casos em que os valores constantes na contabilidade de Marcos Valério COINCIDEM com os depósitos feitos em conta corrente, os valores são relativamente baixos. Como veremos a seguir, existem abundantes evidências de que valores maiores que 50 mil foram divididos em vários depósitos. Quem estava recebendo não queria acender sinais de alerta no Banco Central e na Receita Federal. Mesmo nos quatro primeiros casos, reparem que o terceiro e o quarto referem-se a pagamentos de mercadorias ou serviços. Têm valores exatos, até a casa dos centavos, e muito provavelmente foram feitos de forma regular, com nota fiscal e tudo. Agora, os casos em que os valores depositados não batem com os valores declarados. Pus entre parênteses os valores que constam da contabilidade: Alfeu Queiroga de Aguiar dois depósitos de R$25.000,00 (R$133.222,00) Amilcar Viana Martins Filho R$6.000,00 (R$255.500,00 + R$211.726,40 (referente a multa)) Cantídio Cota de Figueiredo R$40.000,00 (R$53.000,00) Carlos Welth Pimenta Figueiredo R$12.000,00 (R$59.000,00) Custodio de Mattos R$20.000,00 (R$120.000,00) Elmo Braz Soares R$6.000,00 (R$120.000,00) Geraldo Magela Costa R$40.000,00 (R$ 5.000,00 - único caso de valor menor) Humberto Candeias Cavalcanti R$3.000,00 (R$53.000,00) João Batista de Oliveira R$7.000,00 (R$35.000,00) José Pinto Resende Filho R$7.500,00 + R$15.000,00 (R$22.500,00 - fica claro o parcelamento) Kemil Said Jumaira R$9.000,00 (R$59.000,00) Luciano Claret Gonçalves R$15.000,00 + R$30.000,00 (R$45.000,00 - fica claro o parcelamento) Paulo Abi Ackel R$50.000,00 (R$100.000,00) Olinto Dias Godinho R$20.000,00 (R$120.000,00) Romeo Anisio Jorge R$100.000,00 (R$200.000,00) Sebastião Navarro Vieira R$9.000,00 (R$40.000,00) Wanderley Geraldo de Ávila R$21.000,00 (R$43.900,00) Como se vê, os poucos valores DISCORDANTES que temos entre recibos e contabilidade da SMP&B não afetam a credibilidade do documento. Pelo contrário, a reforçam. Em todos os casos, temos valores altos que foram pulverizados em diversos depósitos, para driblar o Banco Central e o fisco. Em dois casos (José Pinto Resende Filho e Luciano Claret Gonçalves), temos o retrato completo da operação toda de pulverização, com a soma dos recibos batendo exatamente com o valor declarado na contabilidade de Marcos Valério. Agora, a pergunta principal. É possível que esta lista tenha sido falsificada? É possível, mas não é provável. A única possibilidade que consigo imaginar é a de alguém pegando a lista original e ACRESCENTANDO nomes que não estavam nela. Marcos Valério diz que o documento é falso. O cartório em que ele tem firma diz que a assinatura é dele. É preciso fazer uma perícia e verificar a autenticidade dessa assinatura. Se for dele, o Ministro Gilmar Mendes está exatamente na mesma posição que a maioria dos réus do mensalão. Recebeu dinheiro não contabilizado de campanha (sabendo disso ou não), e ainda por cima mentiu ao dizer, agora, que não recebeu coisa nenhuma. Por aquilo que sabemos até aqui, essa lista tem tudo para ser autêntica, e é um crime que a mesmíssima imprensa que deu publicidade ao grampo sem áudio envolvendo Demóstenes Torres, Gilmar Mendes e Policarpo Jr. não se preocupe em pelo menos investigar a fundo os dados fornecidos na reportagem da revista Carta Capital.


 
 
 
 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eis o "consultor" da Folha de São Paulo

RULPHUS
RULPHUS
'O CONSULTOR' DE HONESTIDADE DA FOLHA: Ladrão de carga e passador de dinheiro falso, CONDENADO. Vale tudo?
Ladrão de carga e passador de dinheiro falso que cumpriu pena de 10 meses de prisão 'sustenta' manchete garrafal contra o governo.

Depois de estampar manchete de seis colunas na primeira página e gastar cinco ou seis páginas para recriar um clima de ‘mar de lama’ lacerdista contra o governo Lula, o jornal Folha de SP usou exatamente 170 palavras, uma parcimoniosa coluna de canto, para informar aos leitores o perfil de sua referência de honestidade e indignação: o consultor Rubnei Quícoli, cujo prontuário, generoso, inclui 'negócios' no ramo de roubo de carga, falsificação de dinheiro e coação, interrompidos, momentaneamente, por 10 meses de prisão.

A INSUSPEITA FONTE DE UM INSUSPEITO JORNALISMO
O consultor Rubnei Quícoli, representante da empresa que tentava obter o financiamento no BNDES por meio da empresa de lobby Capital, foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação....Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condimentos, que "sabia ser produto de crime de roubo". Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência... Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão...

INFORMAÇÃO, MANIPULAÇÃO E INTERESSE PÚBLICO>
Carta Maior defende a investigação transparente, rigorosa e corajosa de qualquer denúncia que envolva o interesse público. A tônica do denuncismo udenista perde legitimidade quando se revela um mero dispositivo eleitoral da coalizão demotucana. Aspas para a coluna de Inês Nassif, no Valor desta 5º feira:

(...) O PSDB, que catalisou a oposição a Lula, e o DEM, com o qual é mais identificado, terceirizaram a ação partidária para uma mídia excessivamente simpática a um projeto que, mais do que de classes, é antipetista. Todo trabalho de organização partidária, de formulação ideológica e de articulação orgânica foi substituído por uma única estratégia de cooptação, a propaganda política assumida pelos meios de comunicação tradicionais. A vanguarda oposicionista tem sido a mídia. [...]Os partidos de oposição e a mídia falam um para o outro. Pouco têm agregado em apoio popular, que significaria voto na urna e, portanto, vitória eleitoral. A ideia de propaganda política via mídia [...] tornou-se a única ação efetiva da oposição brasileira, exercida, porém, de fora dos partidos. Teoricamente, a mídia tradicional brasileira não é partidária. Na prática, exerce essa função no hiato deixado pela deficiente organização dos partidos que hoje estão na oposição ao presidente Lula..."
llManuh
IIManuh
Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta
Deve ter recrutado o "colaborador" no Pcc...
Gente da turma dele..

Beijo meu


 http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100916172734AA011Mj

Na Inglaterra, país livre, jornalistas são indiciados

Na Inglaterra, país livre, jornalistas são indiciados
REBEKAH BROOKS, EX-EDITORA-CHEFE DE UM JORNAL DE RUPERT MURDOCH, E ANDY COULSON, EX-CHEFE DE IMPRENSA DO PREMIÊ DAVID CAMERON, SERÃO JULGADOS POR CRIMES RELACIONADOS A GRAMPOS TELEFÔNICOS
25 de Julho de 2012 às 19:15
Portal Imprensa - Nesta terça-feira 24, ex-jornalistas do extinto tabloide britânico News of the World ficaram sabendo que enfrentarão acusações criminais pelo escândalo dos grampos telefônicos, informou o jornal britânico The Guardian. A Justiça do Reino Unido decidiu indiciar o ex-chefe de Imprensa do primeiro-ministro britânico David Cameron e a ex-editora-chefe de um jornal de Rupert Murdoch, informou a Folha de S. Paulo.
Andy Coulson, ex-chefe de Imprensa de Cameron e a jornalista Rebekah Brooks serão julgados por crimes relacionados aos grampos telefônicos. Os delitos teriam sido cometidos durante o período em que ambos trabalharam no extinto tabloide News of the World. Outros seis jornalistas que ocupavam altos cargos no jornal também serão indiciados.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/71709/Na-Inglaterra-pa%C3%ADs-livre-jornalistas-s%C3%A3o-indiciados.htm

Erenice inocentada. E a Veja e a Folha?

25 de Julho de 2012 às 20:38
Numa notinha de 2.158 toques, a Folha noticia hoje que a ex-ministra Erenice Guerra foi inocentada no inquérito que apurou seu envolvimento num suposto esquema de tráfico da influência na Casa Civil. O caso foi arquivado pela Justiça Federal por absoluta falta de provas e a sentença do juiz Vallisney de Souza Oliveira teve o apoio do Ministério Público e a PF, que acompanharam o processo aberto há um ano e sete meses. Em síntese: tratou-se de mais um assassinato de reputação patrocinado pela mídia!
A própria Folha confirma o seu ato irresponsável e criminoso. “Erenice perdeu o cargo de ministra da Casa Civil em 2010, em meio à disputa presidencial. A queda ocorreu no dia em que a Folha revelou que ela recebeu um empresário e o orientou a contratar a consultoria do seu filho para conseguir um empréstimo no BNDES”. O tal “empresário” era Rubnei Quícoli, um notório vigarista que o jornal utilizou como fonte das suas acusações levianas para fabricar um mais um escândalo político.
As razões políticas do escândalo fabricado
O escândalo não teve apenas razões comerciais, não visou apenas aumentar as vendas com base em matérias sensacionalistas. Ele teve conotação política. Visou interferir diretamente nas eleições presidenciais de 2010. Erenice era considerada o braço direito da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ocupou a pasta quando esta deixou o posto para disputar a sucessão. A mesma Folha se jacta, na maior caradura, que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.
Além da Folha, a revista Veja fez da denúncia leviana uma corrosiva peça de campanha eleitoral. Num gesto criminoso, ela obrou a capa terrorista com o título “Caraca, que dinheiro é esse”. A “reporcagem” dizia que pacotes de até R$ 200 mil teriam sido entregues no interior da Casa Civil, então comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de denúncias em off, de fontes anônimas. A revista não apresentou qualquer prova concreta e, na sequência, também se gabou da degola da ex-ministra. Um crime!
Agora, Erenice foi inocentada pela Justiça. E como ficam os assassinos de reputações da Folha e da Veja?
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/71722/Erenice-inocentada-E-a-Veja-e-a-Folha.htm

Caso Erenice Guerra - Gente de Itapira metida na "armação"

Empresário de Itapira é citado por Rubnei Quícoli, autor das denúncias contra Erenice Guerra
SEXTA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2010
O empresário Carlos Augusto Cavenaghi, da KVA Elétrica de Itapira, participou do encontro com a então secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, em 17 de novembro de 2009, segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”. O itapirense esteve ao lado do consultor Rubnei Quícoli, autor das denúncias que causaram a queda de Erenice, substituta de Dilma Rousseff no cargo de ministra da Casa Civil.
Em entrevista ao jornalista Fausto Macedo, Quícoli informa que a reunião com Erenice Guerra para tratar do projeto de implantação de energia solar no Nordeste – empreendimento orçado em R$ 9 bilhões – reuniu no gabinete da então secretária-executiva Vinícius Castro, assessor jurídico da Casa Civil, uma funcionária do mesmo setor, sócios da EDBR, empresa de Campinas que apresentava o projeto na ocasião, e Carlos Augusto Cavenaghi, citado por Quícoli como diretor da KVA Elétrica, “empresa com quase 30 anos de mercado de manutenção da rede de energia”.
A entrevista relata como ocorreu (ou teria ocorrido) o tráfico de influência envolvendo Erenice e a empresa Capital Consultoria, de propriedade do filho da ex-ministra, de acordo com a versão de Quícoli. O sobrenome de Cavenaghi é grafado como Cavenaria, mas o próprio autor da reportagem, em contato comigo na tarde de hoje, informa que “a pronúncia feita de forma equivocada pelo entrevistado pode ter me levado ao erro”.
Outro dado curioso é que Cavenaghi é irmão de Luiz Antonio Cavenaghi, o Totonho, também dono da KVA e presidente do PSDB em Itapira. Cavenaghi “desapareceu” de Itapira após a publicação da reportagem. Luiz Antonio não quis dar entrevista, nem confirmou a participação do irmão na reunião com Erenice Guerra em Brasília.
Segue abaixo a íntegra da entrevista publicada no “Estadão”:
* * * * *
''O Stevam é um avião na Casa Civil''
Personagem central da queda da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, o empresário e consultor Rubnei Quícoli, de 49 anos, apontou ontem um novo personagem na trama, que identifica como Stevam. "Ele é um avião, tem uma porta aberta na Casa Civil e outra no BNDES", afirma Quícoli.
Segundo ele, em meio às negociações para aprovação de projeto destinado à implantação de energia solar no Nordeste - empreendimento estimado em R$ 9 bilhões que não saiu do papel - surgiu Stevam, cerca de 25 anos. "Ele é a ligação do governo com a Capital Consultoria", diz o consultor, que diz representar a EDRB do Brasil Ltda, em Campinas (SP).
A Capital Consultoria citada por Quícoli pertence a um dos filhos da ex-ministra e opera em Brasília. Sua especialidade é o lobby comercial nas entranhas da administração federal.
Condenado a 3 anos de reclusão por uso de dinheiro falso e mais um ano por receptação - sanções trocadas por penas restritivas de direito, segundo acórdão do Tribunal Regional Federal -, Quícoli passou o dia de ontem aos celulares que leva nas mãos, três aparelhos que não pararam de tocar. Era gente de Brasília, do Rio e de São Paulo. Foi sondado por gente que se apresentou como do PSDB, pessoas interessadas em seu relato na reta final da campanha presidencial.
Ele narrou o que chama de "violência praticada por uma quadrilha".
Como o sr. foi parar na Casa Civil?
Eu havia comentado sobre o projeto com o Marco Antonio Oliveira, que era diretor de operações dos Correios. Ele me foi apresentado no Rio por amigos comuns. No dia 17 de novembro, por intervenção do Marco Antonio, nos reunimos na Casa Civil com a então secretária executiva do ministério, Erenice Guerra. Ela participou sim. Ouviu nossa exposição sobre o projeto de instalação de torres solares no Nordeste e reconheceu a importância da proposta. Aplaudiu o projeto e nos encaminhou ao escritório da Companhia Hidrelétrica do São Francisco.
Quem mais participou do encontro?
O Vinícius Castro, que era o assessor jurídico da Casa Civil, mais uma outra funcionária desse setor, os sócios da EDRB (Aldo Wagner, diretor técnico, Marcelo Escarlassara, diretor comercial) e o Carlos Augusto Cavenaria, da KVA Elétrica. O governo estava funcionando provisoriamente no Centro Cultural do Banco do Brasil porque o Planalto estava em reforma. De lá fomos para um escritório no Shopping Brasília. Houve um interesse muito grande de Erenice, mas ela não falou em dinheiro, nem recomendou a empresa do filho. Ela foi muito verdadeira naquele momento.
As dificuldades surgiram já nesse encontro?
Não houve dificuldades na Casa Civil. Fora de lá começou essa violência. Logo que chegamos no escritório do shopping, por orientação da Casa Civil. Fomos surpreendidos com um contrato. Estavam lá o Vinícius e o Stevam, o homem do BNDES. Na hora que o Vinícius entregou o contrato nas minhas mãos ele disse: "Daqui pra frente quem resolve é ele, é o Stevam". Eu e os sócios da EDRB nos entreolhamos, preocupados. Aquilo não estava combinado. Pedi que nos transmitissem o contrato por e-mail. Se houvesse alguma mudança a gente poderia sugerir. Sabe como é, o cabelo vai caindo a gente vai aprendendo. A gente precisava documentar tudo.
Eles mandaram o contrato?
Enviaram no e-mail de uma certa GC Empresarial, que era o contato do Stevam. Mas esse endereço nem está mais conectado. Você tenta e volta. Acho que criaram só para algumas operações. Na última reunião o Stevam ficou ameaçando, disse que a gente ia ter que pagar senão o BNDES não ia liberar o dinheiro. Era uma coisa de louco. O contrato rezava R$ 40 mil por mês a título de manutenção e mais 5% de um aporte de R$ 9 bilhões. São R$ 450 milhões, é muito dinheiro jogado no lixo do Brasil. Vi que estava diante de uma quadrilha que montou uma ação muito bem planejada.
O que você fez?
Saí à procura do Marco Antonio. Foi ele quem fez o contato com a Casa Civil. Ele havia ficado maravilhado com o projeto, disse que já conhecia a experiência na Alemanha. O Marco Antonio me apresentou ao sobrinho dele, o Marcos Vinícius. O que me causou muita estranheza é que a mãe do Vinícius é sócia da Capital. Fiquei atônito. Onde é que estou me metendo?
Vocês não assinaram?
Não assinamos nada. Depois que nos recusamos a assinar o contrato naquelas condições espúrias o BNDES reprovou nosso projeto alegando falta de detalhes técnicos, ausência de sustentação. Pedimos ao banco que pontuasse onde estava o erro. O projeto tem patente alemã. Uns dois meses depois, em maio, o Marco Antonio me procurou dizendo que poderia viabilizar a liberação do dinheiro.
E depois?
Voltei a Brasília e o Marco Antonio disse que precisava de R$ 5 milhões. Ele disse que o filho da Erenice, o tal Israel, não iria liberar nada se a gente não pagasse. Expliquei que para fazer essa operação a gente precisava de uma nota fiscal para o faturamento. Eu disse que não dava para enfiar tanto dinheiro na cueca e sair distribuindo por aí. Aí me mandaram uma nota de uma empresa que é do Saulo, filho da Erenice, a Synergy. Mostraram que eu poderia pulverizar os R$ 5 milhões, diluir em consultoria e intermediação.
Ele disse para que seriam os R$ 5 milhões?
Disse que era para apagar um fogo da Dilma Rousseff e da Erenice, dívidas acho que de campanha. E outra parte era para apagar o fogo do Hélio Costa, candidato do PMDB em Minas. É a palavra do Marco Antonio. Eu sustento isso, vou até o fim. Saímos de Brasília determinados a não pagar nada. Depois que me recusei a assinar o contrato o Stevam ficou ligando. Ligava de telefone público. Fez pressão, "se você não assinar não vai mais chegar na Chesf, se não assinar não vai ter mais nada". Não ligava de celular. Usava cartão, dois, três minutos. Caía a ligação, ligava de novo. É um avião. Tem uma porta aberta na Casa Civil, outra no BNDES.
Tomou alguma medida?
Fui informado que esse Stevam tem uma ligação muito forte com o BNDES. Não sei de onde vem esse trânsito todo dele no banco. Motivo deve ter. Ele compõe o grupo da Capital, é o elo dos contratos para projetos via BNDES. Passei e-mails para a Casa Civil alertando sobre os métodos dele. Um rapaz de 25 anos não pode fazer isso. Pedi providências. Aí houve aquele abafa, tiraram ele do circuito. Foi quando o Marco Antonio me pediu os R$ 5 milhões. Quem me passou os dados da empresa para justificar o dinheiro foi o Vinícius.
O sr. tem provas do que diz?
Está tudo documentado. Tenho toda a troca de e-mails com a Casa Civil, minhas mensagens direcionadas às secretárias da Erenice, inclusive aquelas em que relato a forma de abordagem que o Stevam fez, violência inaceitável. Meus e-mails comunicando que não iria pagar nada daquilo a título de manutenção de uma coisa que não existia ainda. A Erenice nos encaminhou para a Chesf. Foi o papel dela. Se ela sabia ou não da propina é uma questão de consciência de cada um. Meus celulares estão à disposição, podem quebrar meu sigilo telefônico.
Qual o seu objetivo?
Mostrar que o Brasil não pode engavetar projetos importantes para uma região de excluídos. Um projeto barato que iria gerar empregos e tributos. Não queria a queda da ministra. Esse estrago não foi eu que causei, foi a quadrilha que eles montaram.
O sr. tem folha corrida na polícia?
Uma vez fui processado porque cobrei uma pessoa, levei prejuízo. Fui acusado de ameaça e processado por coação de testemunha. Fui absolvido. Na Justiça Federal fui acusado de uso de dinheiro falso. Coisa de 7 notas de 50 reais falsas que entraram no meu posto de gasolina. Não sabia que eram notas falsas. Não prejudiquei ninguém. Cabe à Justiça me julgar. Isso é jogo sujo. Quando você lida com bandido, com gente que não tem escrúpulos, tem reação. Sentamos com bandidos que agem dentro da Casa Civil.
O sr. tem ligação com partido político?
Nunca tive envolvimento político a não ser nos meus 20 a 28 anos. Pertenci à juventude socialista no Estado, uma entidade vinculada ao PDT. Depois participei de um evento político em Campinas, do PSDB. Mas não sou filiado a partido. Se existe essa filiação foi há 20 anos, quando eu era garoto. Não tenho nada com Serra nem com Marina. Meu vínculo é com o trabalho ambiental.

Vítima de uma imprensa parcial e mentirosa

Além de tudo, ASQUEROSA!

Vítima de Veja e Folha, Erenice é inocentada

 Tida como braço direito e “irmã” da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi alvo de um tiroteio pesado durante a campanha presidencial de 2010. Contra ela, havia canhões apontados pela revista Veja e pela Folha de S. Paulo.
Da Abril, partiu uma das mais estranhas reportagens da história recente. Chamava-se “Caraca, que dinheiro é esse?” e relatava entregas de pacotes de até R$ 200 mil, dentro da Casa Civil, que era comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de relatos em off. Eurípedes Alcântara, publicou até um editorial chamado “O dever de publicar”, em que afirmava que o papel da imprensa era ter coragem de noticiar – mesmo que pudesse vir a ser acusada de tentar influir em resultados eleitorais. Mais recentemente, soube-se que Veja engavetou uma entrevista com José Roberto Arruda, também no período eleitoral, porque o ex-governador do Distrito Federal acusava o ex-senador Demóstenes Torres de tentar obter vantagens no GDF.
Da Folha, as acusações também foram inacreditáveis. Um sujeito que se apresentava como consultor, chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário no BNDES para uma empresa de fundo de quintal.
Para evitar danos maiores à campanha presidencial, Erenice Guerra foi demitida, ainda que as acusações fossem totalmente inconsistentes.
Nesta quarta-feira, no entanto, a mesma Folha que ajudou a derrubá-la noticia que o inquérito foi arquivado pela Justiça Federal. O motivo: falta de provas.
Este caso chegou até a ser abordado pelo ex-presidente Lula, numa crítica recente ao comportamento eleitoral de parte da imprensa. “Erenice foi execrada, acusada de tudo quanto é coisa”, disse ele. “Quando terminou a campanha, o acusador em Campinas retirou a acusação na primeira audiência e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à companheira Erenice”.
Na reportagem desta quarta-feira, a Folha reconhece que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.
COMENTÁRIOS:
Juçara 
Está mais do que provado: os jornalões a serviço do PSDB (Folha e Estadão), juntamente com a VEJA BANDIDA e a GLOBO DELINQUENTE, também sucursais do PSDB, são responsáveis por tudo de mal que ocorre neste país. Até quando nós brasileiros democratas suportaremos essa nova forma de ditadura?
abmael 
Não existe justiça para calúnias? As revistas e jornais totalmente sem ética!!!
Byby 
A Folha só reconheceu que o 'escandalo' tirou votos de Dilma? E a honra atacada da vítima? Ela reparou? Pediu desculpas?Espero que Erenice entre com uma ação por danos morais contra esses veículos noticiosos e peça muito, mas muito dinheiro a eles. Essa mesma mídia que, hoje sabemos, são verdadeiros 'coitos de bandidos'!
Marco Galo 
E vocês vão ver mutas outras pessoas que foram "derrubadas" por causa das falsas reportagens, ser inocentadas, pois eram publicadas, sobretudo por Veja, ao menor indício ser absolutamente nenhuma prova consistente. Este é o método de Veja para tentar fazer com que o PSDB volte ao poder para que possa voltar a irrigá-la com milhões e milhões de reais de dinheiro público, ou seja, o nosso dinheiro. Ainda que tenha alguns BURROS, como alguns comentaristas daqui, Veja não conseguirá, pelo menos na esfera Federal .
Bucaneiro 
A "Cúmpanhêra"Erenica não foi inocentadas mas sim o inquérito foi arquivado por falta de provas ou seja, as provas ainda podem aparecer. E é como se diz Corrupção não passa recibo PeTralhada infecta.
zé poeira 
Este tal de Rubnei Quícoli é comentarista contumaz da Folha, participante dos foruns e, com certeza, membro da infantaria 45 (eca). Ah, esqueci de dizer que ele era filiado ao PSDB de Campinas e, como já foi dito em comentário anterior, tem uma extensa ficha corrida.
Quem acusa sem provas não está cometendo um crime? Então essas publicações merecem credibilidade? Esse PIG só tem uma missão, que é bancada com muita grana de gente, que sempre se aproveitou do dinheiro do pobre povo brasileiro.
Rubnei Quícoli 
Um sujeito que se apresentava como consultor, chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário no BNDES para uma empresa de fundo de quintal. ESSE COMENTÁRIO SÓ PODERIA SER DE UM OTÁRIO E VAGABUNDO, UM COVARDE QUE SE ESCONDE ATRAS DE UMA MESA E CERTAMENTE FICA SE PUNHETANDO COM VIDEOS PORNOS......VC É UMA BESTA MEU CARO.....GOSTARIA DE QUEBRAR SUA BOCA.....SEU FDP. AQUI É HOMEM E MACHO...E NUNCA VOU FUGIR DA RAIA....SE JUNTAR ESSES BOSTAS DE GUERRILHEIROS EU NO ESTILINGUE ACERTOS TODOS.....AGORA VAI LÁ E CHUPA A ROLA DO LULA...SEU BOSTA.
Trocando em Miudos 
O Estado de S.Paulo A Justiça Federal arquivou inquérito contra a ex-ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. A decisão, datada de 20 de julho, é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal do DF, que acolheu manifestação da Procuradoria da República. O teor da sentença não foi divulgado ontem pela Justiça Federal em Brasília. "A medida judicial restabelece a verdade e resgata a honra de Erenice, muito injustiçada porque nunca houve uma única prova que pudesse envolvê-la em qualquer ação delituosa", declarou o criminalista Mário de Oliveira Filho, defensor da ex-ministra. O inquérito foi aberto em 2010 pela Polícia Federal, pouco antes do primeiro turno da eleição presidencial. Erenice havia assumido a chefia da Casa Civil, sucedendo Dilma Rousseff, que deixou o cargo para disputar a cadeira que foi de Luiz Inácio Lula da Silva por oito anos. A PF investigou denúncia de tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção e advocacia administrativa envolvendo a então ministra e seus filhos - um deles, Israel Guerra, teria intermediado contratos de uma empresa de transporte aéreo com os Correios. A PF ouviu 120 pessoas no decorrer do inquérito. O relatório final tem 219 páginas. "Erenice foi ouvida duas vezes pela PF, não foi indiciada, respondeu a todas as perguntas e abriu mão espontaneamente de seu sigilo bancário e fiscal", ressaltou. Devassa. Segundo o advogado, foi feita uma devassa fiscal e bancária na vida de Erenice. "Não havia nenhuma transação que revelasse movimentações extravagantes de dinheiro", afirma Oliveira Filho. "Ao contrário, todas as análises (de fluxo) são compatíveis com os ganhos. Não havia depósitos atípicos na conta dela ou nas contas dos filhos dela." Renúncia. Erenice renunciou ao cargo em meio ao escândalo que envolveu a Casa Civil. Na ocasião, ela classificou de "levianas" as denúncias e disse que precisava "de paz" para se defender. Ela pediu ao Ministério da Justiça e à Controladoria-Geral da União que investigassem os contratos firmados supostamente por intermediação de Israel. "O Ministério Público Federal se manifestou pelo arquivamento do inquérito porque não encontrou nada que desse embasamento a uma denúncia criminal ", destacou Oliveira Filho.
O ITAPIRADO 25.07.2012 às 18:41
Esse falso acusador, o tal de RUBNEI QUÍCOLI, apresentou-se na Casa Civil do Executivo Federal em companhia de um sócio da empresa EDBR e também de LUIZ ANTONIO CAVENAGHI, então sócio da empresa KVA Elétrica, HOJE FALIDA! Antes até que a KVA ia bem porque ela mamava nas tetas da antiga Companhia de Eletricidade - CPFL. Tudo ajustado com o sr. BuRROS MUNHOZ, atual presidente da Assembleia Estadual de SP. Munhoz está envolvido e penalizado em diversos escândalos que correm no município de Itapira. Inclusive, foi motivo de diversas reportagens nos jornais a Folha de SP e Estadão em que ele era acusado de locupletar-se de dinheiro público em relação à empresa Conservias. Assim, o tal marginal Quícoli era bem assessorado por Luis Antonio Cavenaghi, que por seu turno, é apadrinhado por BuRROS MUNHOZ. QUEM É O LADRÃO NESSA HISTÓRIA TODA? Na verdade, foi armada uma tremenda arapuca para Erenice Guerra por uma corja de picaretas!









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terça-feira, 24 de julho de 2012

Números são usados para manipular a opinião pública, diz matemático

Quando se trata de enganar, o uso de números é a ferramenta mais eficaz para manipular o público. É o que defende Charles Seife, mestre em matemática pela Universidade de Yale e professor de jornalismo na Universidade de Nova York, no livro "Os Números (Não) Mentem".
Segundo Seife, qualquer fraude ganha veracidade quando a matemática é empregada. As teses mais absurdas são "fundamentadas" em estatísticas questionáveis, e isso acontece com frequência.
"Nossa sociedade hoje está submersa em falsidades numéricas. Usando um punhado de técnicas poderosas, milhares de pessoas forjam números sem fundamentos e nos faz engolir inverdades", acusa Seife.
Para compor o volume, o autor analisou diversas informações divulgadas pela imprensa mundial. A proposta da edição é desenvolver no leitor um ceticismo necessário para combater esses dados.
Na civilização ocidental, algarismos possuem uma força quase mística. Com essa arma, qualquer pessoa inescrupulosa pode interferir em eleições, promovendo ou derrubando candidatos, ou maquiar a eficiência de um produto.
Abaixo, leia um trecho do exemplar.
Falácias matemáticas
"A mentalidade americana parece extremamente vulnerável à crença de que qualquer conhecimento exprimível em números na verdade é tão definitivo e exato quanto as cifras que o expressam."
Richard Hofstadter, Anti-Intellectualism in American Life
"Em minha opinião, o Departamento de Estado, um dos mais importantes do governo, está totalmente infestado de comunistas." Mas não foram essas as palavras que, pronunciadas diante de um pequeno grupo de mulheres do estado da Virgínia Ocidental, projetaram o desconhecido senador do Wisconsin para o centro das atenções públicas. Foi a frase que vinha logo a seguir.
Brandindo um maço de papéis, o carrancudo Joe McCarthy conquistou seu lugar nos livros de história com uma afirmação impudente: "Tenho aqui em minhas mãos uma lista de 205. Uma lista de nomes, de conhecimento do secretário de Estado, que são membros do Partido Comunista e, apesar disso, continuam trabalhando e ditando os rumos no Departamento de Estado."
Aquele número - 205 - foi como uma descarga elétrica que levou Washington a agir contra os comunistas infiltrados. Pouco importa que fosse mentira. A conta chegou a 207 e voltou a cair no dia seguinte, quando McCarthy escreveu ao presidente Truman dizendo: "Conseguimos compilar uma lista de 57 comunistas no Departamento de Estado." Alguns dias depois, o número se estabilizou em 81 "riscos à segurança". McCarthy fez um longo discurso no Senado, fornecendo mais detalhes sobre grande número de casos (menos de 81), mas não revelou dados suficientes para que se checassem as afirmações.
Na fato, não importava se a lista tinha 205, 57 ou 81 nomes. O simples fato de McCarthy associar um número às acusações lhes conferia uma aura de verdade. Será que o senador faria declarações tão específicas se não tivesse provas? Ainda que as autoridades da Casa Branca desconfiassem de um blefe, os números faziam com que elas duvidassem de si mesmas. As cifras davam peso às acusações de McCarthy; eram muito sólidas, específicas demais para serem ignoradas. O Congresso foi obrigado a realizar audiências na tentativa de salvar a reputação do Departamento de Estado - e do governo Truman.
O fato é que McCarthy mentia. O senador não fazia a menor ideia se o Departamento de Estado abrigava 205, 57 ou um só comunista; atirava a esmo e sabia que as informações em que se baseava de nada valiam. Porém, de uma hora para outra, depois de tornar pública a acusação e de o Senado declarar que realizaria audiências sobre o assunto, precisava encontrar alguns nomes. Assim, procurou o magnata da imprensa William Randolph Hearst, anticomunista inflamado, para ajudá-lo a compor uma lista. Como se recorda Hearst: "Joe nunca teve nenhum nome. Ele nos procurou. 'O que eu vou fazer? Vocês precisam me ajudar.' Então, demos a ele um punhado de bons repórteres."
Nem o auxílio de meia dúzia de repórteres e colunistas de Hearst pôde dar alguma substância à lista de McCarthy. Quando começaram as audiências, em março de 1950, ele não foi capaz de apresentar o nome de um só comunista a serviço do Departamento de Estado. Isso não
fazia a menor diferença. As acusações numéricas de McCarthy haviam chegado no momento certo. A China acabava de se tornar comunista e, no final das audiências, a Coreia do Norte invadiu a do Sul. Os Estados Unidos estavam aterrorizados com a crescente onda comunista no mundo, e o blefe do parlamentar o transformou, quase do dia para a noite, num símbolo de resistência. Um obscuro senador do baixo clero havia se tornado uma das figuras políticas mais famosas e polêmicas. Seu discurso sobre os 205 comunistas foi uma das mentiras mais eficientes da história americana.
A força do discurso de McCarthy vinha de um número. Embora fosse uma ficção, aquilo conferia credibilidade às mentiras do senador, sugerindo que o maço de papéis em suas mãos estava cheio de fatos incriminadores sobre funcionários específicos do Departamento de Estado. O número 205 parecia uma "prova" sólida de que as acusações do parlamentar deviam ser levadas a sério.
Como sabia McCarthy, os números podem ser uma arma poderosa. Em mãos ágeis, dados adulterados, estatísticas fajutas e matemática ruim podem dar aparência de verdade à ideia mais fantasiosa, à falsidade mais acintosa. Podem ser usados para oprimir os inimigos, destruir os críticos e pôr fim à discussão. Algumas pessoas, aliás, desenvolveram uma habilidade extraordinária no uso de números forjados para provar falsidades. Tornaram-se mestres da falácia matemática: a arte de empregar argumentos matemáticos enganosos para provar algo que nosso coração diz ser verdade - ainda que não seja.
Nossa sociedade hoje está submersa em falsidades numéricas. Usando um punhado de técnicas poderosas, milhares de pessoas forjam números sem fundamentos e nos fazem engolir inverdades. Anunciantes adulteram números para nos convencer a comprar seus produtos, políticos manipulam dados para se reeleger. Gurus e profetas usam cálculos fraudulentos para nos fazer acreditar em previsões que parecem nunca se realizar. Negociantes usam argumentos matemáticos enganosos para tomar nosso dinheiro. Pesquisas de opinião fingem ouvir o que temos a dizer e usam falácias matemáticas para nos dizer em que acreditar.
Às vezes, essa gente recorre a essas técnicas para tentar nos convencer de bobagens e absurdos. Algumas pessoas, inclusive cientistas, já lançaram mão de números falsos para mostrar que, um dia, os velocistas olímpicos vão romper a barreira do som e que existe uma fórmula exata para determinar quem tem a bunda perfeita. Não há limites para o grau de absurdo das falácias matemáticas.
Ao mesmo tempo, esses truques têm consequências gravíssimas. Invalidam eleições, coroando vencedores sem legitimidade - tanto republicanos quanto democratas. Pior ainda, são usados para manipular os resultados de eleições futuras; políticos e juízes empregam cálculos distorcidos para influenciar distritos eleitorais e comprometer o recenseamento que determina quais americanos serão representados no Congresso. As falsificações numéricas, em grande medida, são responsáveis pela quase destruição de nossa economia - e pelo desaparecimento de mais de US$ 1 trilhão do Tesouro, que desceram pelo ralo. Promotores e magistrados recorrem a números enganosos para inocentar culpados e condenar inocentes - e até para sentenciá-los à morte. Em suma, a matemática ruim está solapando a democracia nos Estados Unidos.
A ameaça vem tanto da direita quanto da esquerda. Aliás, algumas vezes parece que a falácia matemática é a única coisa que une republicanos e democratas. Contudo, é possível reagir a ela. Quem já aprendeu a reconhecê-la consegue identificá-la em quase toda parte, enredando o público numa teia de falsidades evidentes. Os mais atentos encontram nesses truques uma fonte diária da maior diversão - e da mais negra indignação.
Quando conhecemos os métodos empregados na transformação de números em falsidades, ficamos imunizados contra eles. Quando aprendemos a remover as adulterações matemáticas do caminho, alguns dos temas mais controvertidos passam a ser simples e diretos. Por exemplo, a questão de quem de fato venceu a eleição presidencial de 2000, nos Estados Unidos, fica clara como água. (A resposta é surpreendente, e quase ninguém - nem Bush nem Al Gore, e quase nenhum dos eleitores dos dois candidatos - estaria disposto a aceitá-la.) Entenda as falácias matemáticas, e você será capaz de revelar muitas verdades encobertas por um nevoeiro de mentiras.

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1117951-numeros-sao-usados-para-manipular-a-opiniao-publica-diz-matematico.shtml