"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

FH: DILMA "NÃO CONSEGUIU SAIR" DOS PROBLEMAS

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Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a chefe do Executivo "percebeu que tem problemas. Agora, não conseguiu sair deles ainda"; segundo ele, brigas entre PT e PSDB se tornaram "cara e coroa" e desgastam os dois partidos; sobre o discurso de renovação da legenda, tucano concorda que "é preciso botar gente nova"
21 DE NOVEMBRO DE 2012
247 – O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que a presidente Dilma Rousseff "ainda está tentando" sair dos problemas do País, seja na energia, no petróleo, nas estradas ou nos aeroportos. "Percebeu que tem problemas. Agora, não conseguiu sair deles", declarou o tucano ao jornal O Globo.
Segundo FH, que está em Alagoas, onde recebeu a Medalha Marechal Deodoro da Fonseca por serviços prestados à democracia e ao desenvolvimento social, as brigas entre PT e PSDB já viraram "cara e coroa" e "desgastam os dois partidos". Os enfrentamentos mais intensos foram vividos durante as eleições, especialmente em São Paulo, entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
O ex-presidente acredita que as duas legendas têm de reconhecer seus legados. "O PT não seguiu as grandes linhas que implantamos lá no passado? Seguiu. Então, não podemos avançar em programas que o PT implantou? Podemos. O Brasil é de todos, não é de um só", disse FHC. O tucano faz referência ao programa de privatização implantado em seu governo, que, segundo ele, foi copiado de forma "precária" pelo PT anos depois.
Renovação no PSDB
Fernando Henrique reafirmou o discurso pregado recentemente pelo PSDB, de que o partido quer "renovação", e defendeu que "é preciso botar gente nova, jovem e com cabeça boa, com ideias também, para poder estar à altura dos desafios do Brasil". A nova linha de pensamento da legenda, sugerida tanto por decanos quanto por jovens militantes, surgiu depois da derrota de Serra na capital paulista para o PT, principal partido a falar de "renovação" nas eleições.
Em relação à disputa presidencial de 2014, FH vê Aécio Neves com "um nome mais forte" dentro do partido, mas não dá a candidatura do senador mineiro como certa. Segundo ele, há uma "certa fila" interna e ele "não desrespeita" seus integrantes. Em janeiro deste ano, o ex-presidente havia dito que Aécio era o "candidato óbvio" do partido para disputar com Dilma.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

‘THE ECONOMIST': FRANÇA E ALEMANHA REVIVEM TRAÇOS DO CAPITALISMO DE ESTADO

1 de novembro de 2012 - 17h33

Sílvio Guedes Crespo

Traços do capitalismo de Estado, em que o poder público assume uma papel ativo de intervenção não só em assuntos macroeconômicos, mas também em grandes empresas de setores estratégicos, estão reaparecendo nas duas maiores economias da Europa, observa a revista The Economist.

Tanto o governo conservador da chanceler alemã Angela Merkel quanto o socialista do francês François Hollande estão aumentando, aos poucos, sua influência no mercado. Merkel tem planos para comprar uma fatia de 15% na EADS, a empresa com sede em Toulouse (França) que fabrica aviões Airbus. Com isso, os governos francês e alemão passarão a ter, juntos, 30% da companhia.

A França, por sua vez, garantiu um empréstimo de € 7 bilhões ao braço financeiro da PSA Peugeot Citroën. Em troca, o ministério das Finanças ganha o direito de indicar um nome para o conselho da empresa. No setor automobilístico, o governo francês já tem 15% da Renault, fatia com valor de mercado de € 1,59 bilhão.

O setor público do país possui participações em 58 empresas. Nas 12 em que tem mais dinheiro investido, as ações em poder do Estado francês tem um valor de US$ 58 bilhões, conforme indica o quadro abaixo, reproduzido da Economist.

Ainda, o governo Hollande criou o Banque Publique d’Investissement (BPI), a partir da fusão de duas outras instituições menores de financiamento estatal, cujo objetivo é, ao lado de investidores provados, comprar fatias de empresas consideradas promissoras. O problema, segundo a revista, é que esse banco está sendo usado também para comprar fatias de empresas em dificuldade e salvá-las.

Ninguém está sugerindo que que a crise econômica europeia está fazendo retornar as meganacionalizações que criaram as gigantes estatais hoje extintas. [...] Mas quando até governos de centro-direita, como o da Alemanha e o anterior da França começam a comprar participações na indústria, algo está no ar”, afirma a revista.

“Comparações com o socorro da General Motors pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, são inexatas”, diz. “O governo Obama tomou o controle da montadora em uma operação em que entrou e saiu rapidamente. As intervenções da Europa parecem menos dramáticas, mas podem durar muito mais.”

http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/11/01/the-economist-franca-e-alemanha-revivem-tracos-de-capitalismo-de-estado/

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O CHUMBETA FREQUENTANDO A CAFUA DO TUIUÚ

Discurso proferido pelo senador Fernando
 Collor de Mello no Plenário do Senado
 Federal no dia 30 de outubro de 2012.

COLLOR TEM NOVAS PROVAS CONTRA GURGEL E POLICARPO

FHC: "JUVENTUDE, EM SI, NÃO PRODUZ IDEIAS NOVAS"

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Depois de dizer que o PSDB precisava de renovação, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso refina o discurso para não deixar sozinho o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo José Serra, segundo quem "renovação é coisa do PT". "O importante são ideias, não necessariamente novas, mas renovadas para fazer frente às conjunturas", consolou FHC.


1 DE NOVEMBRO DE 2012 ÀS 11:42

Segundo José Serra, quem "renovação é coisa do PT". Em entrevista a O Estado de S.Paulo, FHC disse que "juventude, em si, não produz ideias novas" e que "o mais importante são as ideias, não necessariamente novas mas renovadas para fazer frente às conjunturas".

Segundo o ex-presidente, a busca de um discurso renovado "não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer, eles têm de empurrar os novos para a frente". Leia abaixo a entrevista concedida por FHC ao Estadão:

PSDB precisa de discurso convincente, avalia FHC

Há um nascente debate, dentro e fora do tucanato, sobre as perspectivas do PSDB depois das eleições de domingo. O que é prioritário no momento? Nomes novos ou um discurso novo?

O mais importante é um discurso convincente, afim com os problemas atuais do País e do povo e transmitido com linguagem simples e moderna. Claro que sempre é necessário abrir as portas da carreira política aos mais jovens. Mas juventude, em si, não produz ideias novas e o importante são ideias, não necessariamente novas, mas renovadas para fazer frente às conjunturas.

O PSDB paga o preço hoje por não ter reagido em outros tempos, quando o PT "roubou" sua mensagem?

Sem dúvida o PSDB poderia ter sido mais enérgico na defesa do que fez e em desmascarar a apropriação indébita e a propaganda enganosa. Mas águas passadas não movem moinhos.

Uma das críticas ao partido, partida de tucanos não paulistas, é que o PSDB teria se concentrado demais em São Paulo. Foi um erro? Como sair dessa situação?

O partido nunca esteve concentrado apenas em São Paulo. Não se esqueça de que ele governa também Minas e o Paraná, além de Goiás, Alagoas, Tocantins e Roraima. E agora ganhou nas principais capitais do Norte, Belém e Manaus, e em algumas do Nordeste. A noção de que se trata de um partido "paulista" é irmã gêmea da outra, de que ele é um partido que defende "os ricos". Estigmas plantados por adversários, que se repetem como se fossem verdades.

O que o eleitor ensinou aos políticos nestas eleições?

O eleitor mostrou que não tem "donos". Votou contra Lula no Amazonas, no Recife, em Campinas, etc., assim como derrotou os tucanos em São Paulo. O eleitorado reage às mensagens e aos candidatos que lhe são propostos, dando pouca atenção aos padrinhos - e mesmo aos partidos. Naturalmente tanto estes como aqueles têm certo peso, mas convém não exagerar.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/84405/FHC-Juventude-em-si-n%C3%A3o-produz-ideias-novas-FHC-Juventude-si-n%C3%A3o-produz-ideias-novas.htm