"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

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"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

Foto: Folhapress_Divulgação
PRINCIPAIS GRUPOS DE COMUNICAÇÃO FECHAM PACTO DE NÃO AGRESSÃO E TRANSMITEM AO PLANALTO A MENSAGEM DE QUE PRETENDEM RETALIAR O GOVERNO SE HOUVER QUALQUER CONVOCAÇÃO DE JORNALISTAS OU DE EMPRESÁRIOS DO SETOR; PORTA-VOZ DO GRUPO NA COMISSÃO É O DEPUTADO MIRO TEIXEIRA; NA INGLATERRA, UM PAÍS LIVRE, O MAGNATA RUPERT MURDOCH DEPÔS ONTEM
26 de Abril de 2012
247 – Há exatamente uma semana, o 247 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.
Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:
“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.
O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.
Inglaterra, um país livre
Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.
Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.
O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.
Comentários:

Fonte: http://brasil247.com/pt/247/midiatech/56341/Globo-Abril-e-Folha-se-unem-contra-CPI-da-m%C3%ADdia.htm
Marques Moreira Avelar 26.04.2012
A Veja com seus jagunços "Augusto dos Arranjos" e Reinaldo Azevedo é "hours concours" nessa empreitada de derrubar o governo do PT.A Folha , desde o evento de tentar afundar a Dilma abrindo arquivos , já dava mostra do seu comprometimento em abismar o governo. A Globo,apesar de ter um séquito de articulistas atolados nos ditames da direita, pelo menos não perde o bonde das notícias. Mas a campeã das canalhices é a Veja.
Eros Alonso 26.04.2012                                                                                                                                      O ano era 1978 se não me engano. O presidente era Figueiredo e eu um repórter recém formado.
O presidente de então, com toda a pompa dos generais presidentes, foi visitar a Editora Abril e um grande número de jornalistas acompanhou essa visita. Subi no elevador com o General Milton Tavares, pequeno franzino, mas com voz forte. No aperto do elevador o general brincou dizendo: "Gosto de apertar a Imprensa". Fora essa frase do general outra coisa me marcou naquela visita. Em uma sala, uma máquina com uma placa comemorativa na frente com os dizeres: Adquirida com a Campanha - Dei Ouro para o Bem do Brasil. Então me lembrei que fui levado por minha irmã mais velha até uma fila onde entreguei um pequeno anel de ouro em um ato de cidadania.Tinha cinco anos de idade quando doei o anel. Depois, como jornalista, acompanhei a trajetória da Veja, revista que se desvirtuou com o tempo. Proteger a Veja é proteger a Imprensa Marron. Esse homem, Civita, já causou muito mal ao país. Deve ser investigado.

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