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Santo Agostinho

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Kadafi: procurado, de preferência vivo, para ser assassinado


16/05/2011 - 18:05

Fracassos da CIA e da oposição líbia sugerem operação de comandos 

Bab Al Aziziah - Fracassaram uma vez mais EUA, França e Grã-Bretanha em sua tentativa de assassinar Muamar Kadafi. Na primeira semana deste mês bombardearam sua casa aqui, em Bab al Aziziyah, mas não conseguiram assassiná-lo, embora, segundo alta autoridade do governo, ele encontrava-se em casa quando foi realizado o ataque aéreo por caças bombardeiros franceses e britânicos, que conseguiram assassinar o menor de seus filhos, Saif al-Arab, estudante na Alemanha, sem nenhum envolvimento na política líbia, que havia retornado recentemente no país, assim como assassinaram três netos de Kadafi. 
Há uma escassez de informações confiáveis. Entretanto, seguramente, a guerra dos imperialistas norte-americanos e franco-britânicos para a pilhagem do petróleo e gás natural da Líbia e sua redistribuição entre as forças dos presuntivos conquistadores sofreu sério golpe no que diz a sua legalidade nas consciências dos povos europeus.
Contra a ONU 
Agora a história se repete. E não se trata de algum erro militar ou excesso de zelo dos pilotos dos bombardeiros. A responsabilidade plena para os assassinatos de inocentes membros da família de Kadafi é, sem sombra de dúvida, dos presidentes Barack Obama e Nicolas Sarcozy, respectivamente dos EUA e da França, e de David Cameron, primeiro-ministro da Grã-Bretanha. 
No dia 15 do mês passado, o norte-americano The New York Times, o francês Le Figaro e outros importantes jornais de várias capitais européias denunciaram em termos enfáticos que os bombardeios realizados contra a casa de Kadafi constituem plena violação da decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Líbia. 
No domingo de Páscoa, Liam Fox, ministro de Defesa da Grã-Bretanha, declarou que "o assassinato de Kadafi é uma possibilidade", ciente dos planos dos EUA e procurando preparar a opinião pública de seu país para o iminente assassinato de Kadafi. 
Anotem que ninguém se lembra mais que, em 21 de março, o primeiro-ministro David Cameron confessou que "a decisão do Conselho de Segurança da ONU não outorga rigorosamente nenhuma autorização legal para a realização da operação destinada a afastar Kadafi do poder com meios militares" (leia-se assassiná-lo). 
O fracasso desta tentativa de assassinato do Kadafi pelos imperialistas neocolonialistas significa que nada garante sua sobrevivência política, muito menos biológica. O violento bombardeio revela que Obama, cansado da incompetência dos fantoches da oposição e dos agentes da CIA na Líbia para derrubarem Kadafi "internamente", tenta liquidá-lo seguindo tática de seus antecessores Reagan e Bush jr. 
É óbvio que, após o bem sucedido assassinato de Osama bin Laden pelos comandos norte-americanos, cedo ou tarde, Obama tentará reprisar a operação para assassinar Kadafi. Mas não se sabe se, finalmente, o plano de Obama é prender Kadafi vivo para primeiro escrachá-lo pela televisão via satélite e executá-lo em seguida, ou assassiná-lo "por ter resistido" e jogar seu cadáver ao mar, a exemplo de Bin Laden. É o que se comenta aqui, em Bab al-Aziziyah. 
Anwar Kalil 
Africa News Agency/Sucursal da África do Norte.

Fonte: Monitor Mercantil Digital
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=94909

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