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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
‘THE ECONOMIST': FRANÇA E ALEMANHA REVIVEM TRAÇOS DO CAPITALISMO DE ESTADO
Sílvio Guedes Crespo
Traços do capitalismo de Estado, em que o poder público assume uma papel ativo de intervenção não só em assuntos macroeconômicos, mas também em grandes empresas de setores estratégicos, estão reaparecendo nas duas maiores economias da Europa, observa a revista The Economist.
Tanto o governo conservador da chanceler alemã Angela Merkel quanto o socialista do francês François Hollande estão aumentando, aos poucos, sua influência no mercado. Merkel tem planos para comprar uma fatia de 15% na EADS, a empresa com sede em Toulouse (França) que fabrica aviões Airbus. Com isso, os governos francês e alemão passarão a ter, juntos, 30% da companhia.
A França, por sua vez, garantiu um empréstimo de € 7 bilhões ao braço financeiro da PSA Peugeot Citroën. Em troca, o ministério das Finanças ganha o direito de indicar um nome para o conselho da empresa. No setor automobilístico, o governo francês já tem 15% da Renault, fatia com valor de mercado de € 1,59 bilhão.
O setor público do país possui participações em 58 empresas. Nas 12 em que tem mais dinheiro investido, as ações em poder do Estado francês tem um valor de US$ 58 bilhões, conforme indica o quadro abaixo, reproduzido da Economist.
Ainda, o governo Hollande criou o Banque Publique d’Investissement (BPI), a partir da fusão de duas outras instituições menores de financiamento estatal, cujo objetivo é, ao lado de investidores provados, comprar fatias de empresas consideradas promissoras. O problema, segundo a revista, é que esse banco está sendo usado também para comprar fatias de empresas em dificuldade e salvá-las.
“Ninguém está sugerindo que que a crise econômica europeia está fazendo retornar as meganacionalizações que criaram as gigantes estatais hoje extintas. [...] Mas quando até governos de centro-direita, como o da Alemanha e o anterior da França começam a comprar participações na indústria, algo está no ar”, afirma a revista.
“Comparações com o socorro da General Motors pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, são inexatas”, diz. “O governo Obama tomou o controle da montadora em uma operação em que entrou e saiu rapidamente. As intervenções da Europa parecem menos dramáticas, mas podem durar muito mais.”
http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/11/01/the-economist-franca-e-alemanha-revivem-tracos-de-capitalismo-de-estado/
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