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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Jornalista da Folha comete gafe com Hillary e é vetado

Por Stanley Burburinho
Jornalista da Folha faz pergunta para Hillary e seguranças vetam seu acesso a pavilhão no Riocentro.
DO RIO
A segurança da ONU vetou a presença do jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, no pavilhão 5 do Riocentro, onde se realizam as sessões plenárias com chefes das delegações dos 193 países que participam da Rio+20.
Na parte da manhã desta sexta-feira (22), Rodrigues assistiu ao evento no qual a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou um programa de ajuda a países africanos na área de energia limpa.
Ao final, na saída da sala, o jornalista fez uma pergunta à chefe da diplomacia dos EUA a respeito da posição dos EUA sobre a crise política no Paraguai. Hillary respondeu brevemente, dizendo que estava acompanhando.
Nesse momento, seguranças dos EUA e da ONU empurraram o repórter e o impediram de fazer novas perguntas. Rodrigues então foi seguido até a sala ocupada pela Folha no pavilhão 3 do Riocentro. No local, os seguranças da ONU e dos EUA pediram novamente para ler e anotar os dados da credencial do repórter.
Às 13h30, quando estavam sendo distribuídos passes para a entrada de jornalistas na plenária da tarde, funcionários da ONU informaram que a presença de Rodrigues estava vetada naquele local.
De acordo com Robin Della Rocca, do departamento de Informação Pública da ONU e responsável pelo atendimento à imprensa na Rio+20, seguranças de Hillary informaram à ONU que, apesar de advertido, Rodrigues insistira em se aproximar da secretária e que, por isso, pediam que fosse vetado seu acesso ao Pavilhão 5, onde se reúnem os chefes de Estado. O pedido foi atendido pela ONU.
O consulado americano no Rio negou que a segurança da secretária Hillary Clinton tenha pedido que o acesso de Rodrigues ao Pavilháo 5 fosse vetado.
O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais, Ricardo Pedreira, disse que a entidade lamentava "atitude discriminatória contra o jornalista Fernando Rodrigues por estar exercendo a sua função de jornalista. Ainda mais vindo dos Estados Unidos, um país reconhecido por sua liberdade de imprensa".
COMENTÁRIOS:

José de Almeida Bispo
Claro! Ele queria criar um incidente diplomático fazendo a hilária se submeter ao vexame de ter de usar profundamente a inteligência e não se deixar trair? Já imaginou uma pergunta impertinente, tipo, "o Departamento de Estado estaria tranquilo agora que uma peça do eixo do mal foi desmontada?"... já pensou, na saia justa? A Pax Americana não brinca em serviço.
Tem de tirar os sapatos e ficar de quatro!
Diogo Costa
Imaginem o furor, o frenesi do PiG se o incidente com o jornalista em questão tivésse ocorrido com a delegação da Venezuela, da Bolívia ou do Equador... 
A gritaria histérica contra os autoritários tiranos caudilhos estaria nos níveis mais altos possíveis. Gritariam a plenos pulmões: "Ataque covarde à liberdade de imprensa"! Mas a delegação era a norte-americana...
Pensando bem, o PiG brasileiro está sendo coerente. Na dúvida, fique sempre ao lado dos seus patrões! Essa é a mídia venal brasileira em estado puro, os vira-latas complexados hoje levaram um chute dos seus donos e voltaram bem quietinhos, com o rabinho entre as pernas...
Frank
Se fosse um reporter da Carta Capital tinha editorial na Folha e no Estadao conclamando pela prisão do jornalista.
A reportagem não disse mas quem estava presente ao fato afirma que a resposta da Hilary foi:
"Quem te mandou perguntar isso? Pra qual jornal voce trabalha? Isto é só um trólóló progressista que eles ficam repetindo para que voces jornalistas perguntem à gente."
Luís P.
Caro amigo, Certamente um reporter da Folha não faria a pergunta que você indicou. Faria outra do tipo: se o país dela não estava pensando em também fazer uma base militar no Brasil, como se tivesse convidando. Aí, sim, seria da Folha.
Sérgio Luis Brito
O  PIG tomou uma dura, cadê os editoriais de protesto? Tio Rei, Nunes, Merval, critiquem o Big Brother, a subserviência  aos EUA dá nisso.
Andre Araujo
Não tem nada a ver. A liberdade de imprensa é absoluta nos EUA mas como na maior parte do mundo civilizado lá tem REGRAS, um jornalista não tem o direito de enfiar o microfone na boca de um Ministro em qualquer lugar que o encontre, na calçada, na saida do banheiro, no meio de um almoço, isso não existe em nenhum grande Pais.
Normalmente um Ministro ou outra alta autoridade não dá entrevista individual, só coletiva e em local preparado com hora marcada e tempo definido. Nesse contexto qualquer jornalista credenciado pode fazer perguntas, fora desse local e espaço NÃO pode, não tem "zona" ""zorra"" corre-corre, quinze microfones e gravadores na cara do entrevistado, batendo no dente.  Gafieira é só aqui, nem na Argentina tem esse tipo de entrevista.
Leider Lincoln
André Araújo, qual a sua teoria sobre estes fatos? A tal "liberdade absoluta" deve ser patriota, neolibelê e pró-saxônica? É isso?!? Explique-nos, queremos entender mais sobre o caráter absoluto da liberdade de imprensa neste país que você tanto defende...



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