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Santo Agostinho

terça-feira, 31 de julho de 2012

"ESTADÃO" acusa Chávez de sinistra relação com as drogas

Editorial do Estadão relaciona Chávez e narcotráfico
247 - No mesmo dia em que se oficializa a entra da Venezuela no Mercosul, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma espécie de alerta sobre o mais novo adquirido sócio do bloco. O texto relembra reportagem do New York Times que acusa o governo venezuelano de facilitar o narcotráfico no país. De acordo com o editorial, a entrada "vai premiar um governo que, além de autocrático, tem uma sinistra relação com o negócio das drogas".  Veja a seguir o editorial.
O que Chávez esconde
31 de julho de 2012 | 3h 09
O Estado de S.Paulo
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou ontem ao Brasil para a cerimônia, hoje em Brasília, na qual seu país será calorosamente recebido como sócio pleno do Mercosul. O esforço do Brasil para incluir a Venezuela - numa manobra à revelia do Paraguai, que, como se sabe, foi colocado de castigo por ter afastado seu presidente conforme manda a Constituição - vai premiar um governo que, além de autocrático, tem uma sinistra relação com o negócio das drogas, como mostra reportagem do New York Times (27/7).
Chávez tem se jactado de ser um campeão na luta contra o narcotráfico. Ele diz que seus soldados destruíram pistas para transporte de drogas, que laboratórios clandestinos foram desmontados e que muita pasta de coca foi apreendida. Além disso, a seu pedido, foi aprovada uma lei que, em tese, facilita a interceptação de aviões dos narcotraficantes. O New York Times, porém, revela que o narcotráfico não só vai muito bem na Venezuela, como o país cedeu um pedaço de território para que as Farc, a narcoguerrilha colombiana, atuem sem serem incomodadas.
A Venezuela responde por nada menos que 24% do trânsito da cocaína sul-americana destinada aos EUA, segundo um relatório americano. Na região onde as Farc intermedeiam a passagem da droga que vem da Colômbia, o New York Times constatou que as pistas destruídas na alardeada ação do Exército foram todas recuperadas pelos narcoguerrilheiros, porque os soldados não tomaram nenhuma medida para evitar sua rápida reconstrução. Ou seja: a ação contra o tráfico serviu apenas para a foto que interessava a Chávez.
Mais da metade da cocaína que transita pela Venezuela passa pelo Estado de Apure, na fronteira com a Colômbia, desde que Chávez interrompeu oficialmente sua colaboração com o governo americano no combate às drogas, em 2005. Em boa parte dessa região, o controle das Farc é absoluto. Moradores contam que os narcoguerrilheiros praticam extorsão e ocupam propriedades. E os venezuelanos dizem ter medo de denunciar a atividade criminosa às autoridades porque sabem que há conluio entre elas e as Farc.
Esse receio tem fundamento, segundo a Casa Branca. Para Washington, a "permissividade corrupta" do governo venezuelano dá total liberdade de ação para o narcotráfico. Mas a promiscuidade é ainda mais profunda, porque altos funcionários chavistas estão envolvidos até o pescoço com as Farc.
Dois ex-magistrados venezuelanos, Eladio Ramón Aponte Aponte e Luis Velásquez Alvaray, vêm contando detalhes sobre essa relação. Aponte, que foi presidente da Suprema Corte e um dos homens fortes do regime chavista, acusou quase toda a cúpula do poder venezuelano, abaixo de Chávez, de fazer parte de uma grande rede sul-americana de narcotráfico.
Velásquez Alvaray, por sua vez, afirmou que a Venezuela recebe da China armas e equipamentos militares como forma de pagamento por petróleo e que uma parte desse arsenal vai para as Farc. A operação, segundo ele, é comandada por Hugo Carvajal - atual vice-ministro do Interior, recém-nomeado por Chávez justamente para o combate às drogas. O Departamento do Tesouro americano afirma que Carvajal é importante colaborador da operação de narcotráfico das Farc. Além dele, o ministro da Defesa venezuelano, Henry Rangel Silva, também é acusado por Washington de ajudar a guerrilha colombiana a traficar cocaína. Com gente desse naipe em funções tão estratégicas, não admira que as Farc controlem tranquilamente uma parte do território venezuelano e tenham total liberdade para fazer dali sua plataforma de negócios ilícitos.
Mas o chavismo não se envergonha disso. Ao contrário: um dos líderes das Farc, Iván Ríos, disse que o narcotráfico, principal fonte de financiamento da guerrilha, era uma forma de "resistência à opressão", uma maneira de confrontar o capitalismo do "império". É desse gangsterismo dialético que se alimenta o projeto "bolivariano".
A realidade é que o Mercosul, cujas normas demandam democracia e transparência, está se abrindo a um país cujo governo tem dado reiteradas mostras de que tem muito a esconder.
COMENTÁRIOS:
Catãozinho dos Pinheirais 31.07.2012 às 12:58
Então tá. Agora o Estadão acha que o New York Times é a nova agência de inteligência dos EUA. A CIA, o FBI e o DEA já não contam. Veja que toda a matéria está baseada no que "diz o New York Times ". E depois ainda fala em armas chinesas para as FARC. E o que dizer então dos AR-15 norte americanos que abastecem os maiores traficantes e bandidos do planeta? Culpa dos comunistas também? Mas no final de tudo temos que fazer uma reflexão: Se o narcotráfico se dá bem, é porque DENTRO DOS EUA existem os piores traficantes do mundo. E também o maior número de viciados. Será que eles não poderiam dar um jeito de acabar com o tráfico dentro de seu próprio país? E, afinal de contas, para o refino da coca são necessários produtos químicos que são produzidos sabe onde? Se falou EUA, acertou. Sem contar na lavagem de dinheiro do narcotráfico que é feita em solo americano.
Marieta Bocamarte 31.07.2012 às 13:33
Não é nenhuma surpresa que o jornalecão ESTADÃO publique editorial desse naipe. Ele, o jornal, perfila ao lado dos interesses dos States e de mandantes. Adestrado que é, utiliza-se das reportagem do New York Times o qual tem o objetivo claro e insofismável de destruir o líder venezuelano. Os EUA necessitam do petróleo e outras riquezas da Venezuela. A preço bem baixinho! E é o que fizeram por muiiitttooo tempo. Não enche o saco, Estadão!
Gilson Raslan 31.07.2012 às 13:20
O Estadão repete reportagem feita pelo New York Times, que, por sua vez, replica informações do Departamento de Estado Americano.*** O matutino americano também replicou informações do Departamento de Estado Americano sobre armas químicas do Sadan Houssain, que nunca foram encontradas pelo simples fato de que elas não existiam.*** Portanto, os Mesquitas podem ir tirando o cavalinho da chuva, porque só os mal informados acreditam nessa conversa de cerca-lourenço.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-que-chavez-esconde-,908466,0.htm

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