"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

sábado, 15 de setembro de 2012

"Lula era o chefe", diz Valério (em off) a Veja


BOMBA ANUNCIADA PELA REVISTA VEJA CONTRA O EX-PRESIDENTE LULA NÃO TRAZ PROPRIAMENTE UMA ENTREVISTA DE MARCOS VALÉRIO À PUBLICAÇÃO. SÃO DECLARAÇÕES DITAS A SUPOSTOS INTERLOCUTORES PRÓXIMOS, REPRODUZIDAS PELA REVISTA. "OFF THE RECORDS", COMO SE DIZ NO JARGÃO JORNALÍSTICO. OU SEJA: NADA ESTÁ GRAVADO, OU DECLARADO OFICIALMENTE. MAS VEJA FAZ PAIRAR NO AR A AMEAÇA DE UMA DELAÇÃO PREMIADA CONTRA LULA
15 de Setembro de 2012
247 – Desde ontem à noite, Veja anuncia por meio de dois de seus porta-vozes extraoficiais, os jornalistas Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, uma capa bombástica contra o ex-presidente Lula. A “mais importante desde a entrevista de Pedro Collor”, que gerou o impeachment de seu irmão Fernando Collor, há exatos vinte anos. A capa, no entanto, não entrega a mercadoria. Traz uma declaração de Marcos Valério de Souza (“Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”) que não foi dita diretamente à revista. Trata-se, na verdade, de algo dito a interlocutores próximos do empresário, já condenado na Ação Penal 470, mas não oficialmente à revista. Off the records, portanto.
A reportagem começa com uma narrativa sobre a rotina de Valério, como o fato dele levar todos os dias os filhos à escola, para dar ar de verossimilhança ao texto. Mas nenhuma das declarações – todas elas capazes de provocar uma crise política de proporções inimagináveis – foi dita a jornalistas da revista. Eis algumas delas:
“Lula era o chefe”.
“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.
“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.
“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.
“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.
“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.
“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.
Não sabe, portanto, se Valério realmente disse o que Veja atribui a ele. Pode ter dito, como não dito. O fato é que não assume publicamente suas declarações – algo bem diferente do que aconteceu vinte anos atrás, com Pedro Collor. Em vários depoimentos, todos eles gravados, ele narrou ao jornalista Luís Costa Pinto, então repórter da revista em Recife, detalhes da vida privada do ex-presidente Collor. Era uma entrevista em “on” – contestada apenas por aqueles que diziam que Pedro Collor não estava no juízo normal quando deu suas declarações.
No caso atual, pode-se acreditar ou não na versão de Veja. Valério disse porque Veja disse que disse. Ou Valério não disse porque Veja mantém sua cruzada contra o ex-presidente Lula, iniciada em 1º de janeiro de 2003, dia de sua posse.
Como se sabe, Lula não foi alvo de um processo de impeachment em 2005, porque a oposição, regida pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem de enfrentá-lo. Sobrou para o “capitão do time” José Dirceu, muito embora o delator Roberto Jefferson agora acuse Lula de ser o “mandante” de todo o esquema – uma contradição que o procurador Roberto Gurgel desconsidera, uma vez que Jefferson serve para incriminar Dirceu, mas não Lula. 
Agora, com a capa desta semana, Veja sugere que Marcos Valério poderá fazer uma delação premiada para incriminar também o ex-presidente Lula. Assim, não apenas alguns símbolos da era Lula seriam condenados, como, talvez, o próprio ex-presidente.
Anunciam-se tempos de radicalização política no País.

COMENTÁRIOS:

Dionísio -  Mas o Marcos Valério não disse nada (mesmo em off) sobre como ele iniciou sua carreira de bandido ? Que foi quando ele montou o mesmo esquema de mensalão para o então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, então Presidente do PSDB ? Porque a bandida VEJA só faz denúncias (sempre em OFF) somente contra o PT ? Fica difícil de acreditar em uma revista que tem sociedade com a quadrilha do Cachoeira..
VALE TUDO PELO CERRA -  A Veja já sabe que o Cerra não ganha em São Paulo, então apostar nas últimas fichas para levá-lo ao 2º turno, a Veja tenta honrar os milhões que o Zé Bolinha desviou do Estado, para molhar a mão dos Civitas, "Tudo vale, quando a vida é pequena"
Laudelino Marcos Silva -  Vocês comeram mosca, o Augusto Nunes já antecipou parte da matéria: Mais uma edição histórica de VEJA: Marcos Valério revela segredos do mensalão “O tumor da corrupção impune assumiu dimensões tão perturbadoras que talvez só possa ser lancetado por um quadrilheiro de grosso calibre ─ alguém como Marcos Valério”. Foi esse o fecho do post publicado em 26 de agosto (veja a seção Vale Reprise), que resume num dos parágrafos o que ocorreria se o publicitário vigarista que virou diretor-financeiro da quadrilha do mensalão resolvesse abrir o bico. “As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e devassaram o bordel das messalinas disfarçado de templo das vestais. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior. Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula”. Não era blefe, atesta mais uma histórica edição de VEJA. Embora não tenha esgotado seu estoque de segredos, o que Marcos Valério já contou é suficiente para convencer o mais fanático petista de que o mensalão existiu, apertar a corda que envolve o pescoço dos antigos comparsas e devolver o ex-presidente Lula ao olho do furacão que quase o levou para longe do poder em 2005. As revelações começam já na capa ─ “Não podem condenar só os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos” ─ e se estendem pela reportagem de oito páginas assinada por Rodrigo Rangel. Confiram sete disparos de grosso calibre: “Lula era o chefe”. “Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”. “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”. “O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”. “(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”. “O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”. “Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”. A caixa-preta foi aberta. Só poderá ser fechada por meio da violência. Para impedir que o pior aconteça, basta que as autoridades policiais completem o serviço, o Ministério Público cumpra seu dever e o Judiciário inteiro se mire no exemplo dos oito do Supremo.
JOSE MATOS -  Em quanto isso LULÃO aqui em Salvador lotou a Praça Castro Alves! Matou a Pau! Tá difícili derrubar o PT e Lula!
Lucas Garcia -  Tua casa caiu Lula Vagabundo! Cachaceiro sem moral, tu ainda vai puxar uma cadeia seu verme! Cagueta tudo Valério! Coloca esse porco vagabundo, esse ladrão pinguço do Lula atrás das grades!
mardos pe -  Pode apostar, isso é coisa do cachoeira e poli.
EXTRA!!! -  Alguém TERIA dito, que TALVEZ fosse assim... O amigo do irmão do vizinho da Danadinha falou pra Candinha que um dia Tia Reinalda ia se suicidar.
joyce -  nove dedos ladrão na cadeia, bandidos sempre querem calar a imprensa, o nazismo fazia a mesma coisa, coloca sem dó no rabo gordo do maior corrupto do Brasil, sem ética, sem moral, satanas espera o pudim de pinga no colo dele kkkkkkkkkkk
Leo Oliveira -  O Valério teve 10 anos para falar tudo que sabia. Agora, na iminência de ser preso, a revista bandida traz possíveis declarações do publitário. Seria bom que falasse, aí o povo mais uma vez julgaria nas urnas, elegendo Lula ou quem ele indicasse.
adriano -  kkkk Pt leva surras em todas as capitais do brasil, que coisa maravilhosa!kkkk Haddad, o garotão do Lula, está em terceiro lugar agonizando. em BH, Patrus está levando coça do candidato de aécio neves. Em Recife, Lula está perdendo o rumo de casa. kkkkk maravilha
NÃO TOU NEM AÍ... -  ... a Dilma, tem 56, o Lula 68% de aprovação e o Cerra tem 46% de rejeição. O FHC está gagá e o Reinaldo Azevedo comenta o que ele mesmo escreve. No final, tá tudo dominado. Mano! Bay bay Zé Bolinha. Tchau, tchau tucanadas provincianos. Alias, a veja fica ao lado de um esgoto.
Conversa Afiada - O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar nesta sexta-feira, na RecordNews, às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, apresenta André Singer, cientista político, professor da USP e ex-porta-voz do Presidente Lula, autor do livro “Os sentidos do lulismo – reforma gradual e pacto conservador”, editado pela Companhia das Letras – http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30177784&google&id=14782&gclid=co2oynvxtbicfqsxnqod-tuadw. Singer sustenta que, a partir do segundo mandato, em 2006, o Presidente Lula provocou um realinhamento político que pode durar por muitos e muitos anos, como aconteceu com a eleição do Presidente Franklin Roosevelt, em 1933, nos Estados Unidos. Como em Roosevelt, até a oposição terá que se orientar pelo eixo central da política de Lula: os programas sociais que atendem às necessidades do que Singer chama de subproletariado: os que recebem por até dois Salários Mínimos por mês. Essa política se caracteriza pelo aumento real do Salário Mínimo e programas como o Bolsa Família, o PAC, o Minha Casa Minha Vida, e o crédito consignado, que vinha do primeira mandato. Metade da População Economicamente Ativa em 1976 era formada por subproletários, segundo estudos do pai de André, o respeitado economista Paul Singer. Ainda hoje, em 2012, a proporção de subproletários no conjunto da PEA deve ser a mesma, supõe André. Lula teria percebido isso, quando perdeu a eleição para Fernando Collor, em 1989. Em entrevista a que o próprio André Singer compareceu, como repórter, Lula, logo após a derrota, disse que o seu objetivo dali para a frente deveria ser atingir quem vive de salário minimo, porque o empresário não vai votar mesmo nele. O PT sempre tinha sido um partido que se apoiava na classe média. O subproletariado votou em Collor. Mas, só em 2006, Lula e o PT aprofundaram essa aliança com o subproletariado. Com os mais pobres. O que explica a votação e o apoio de Lula e Dilma Rousseff nas regiões mais pobres, como o Nordeste, e os bolsões do Rio e de Minas. Para fazer esse “realinhamento”, segundo Singer, Lula arquivou o radicalismo do PT do “Sion”, do Partido que se fundou no Colégio Sion, em São Paulo, em 1980. Era um PT quase-socialista. Com o tempo, prevaleceu o PT do “Anhembi”, onde se deu a Convenção de 2002, quando Lula assinou a “Carta aos Brasileiros”, em que se comprometia a seguir a política econômica ortodoxa de Fernando Henrique e a “respeitar os contratos”, ou seja, não ia rasgar a Privatização. Lula e o PT teriam percebido que o subproletariado quer que o Estado o proteja, mas não quer saber de ruptura, instabilidade política ou greves. Por que ? Porque o subproletariado é o mais desprotegido politicamente. Ele não tem sindicato, não tem que se apoiar diante de uma instabilidade política aguda. Lula passou, então, depois de 2006, a adotar uma política de “reformismo fraco” e “desmobilizador”. Esse “reformismo fraco” explicaria por que Lula conseguiu andar mais rápido no aumento da renda dos pobres e mais devagar na redução da desigualdade de renda entre os ricos e os pobres. Porque o “fraquismo” permitiu que os ricos continuassem a ganhar muito dinheiro (Nesse ponto, o ansioso blogueiro se lembrou de frase atribuída a Alzirinha, filha e secretária de Vargas: quando ouço dizerem que meu pai é o Pai dos Pobres, dá vontade de dizer … e a Mãe dos Ricos.) “Reformismo fraco” não significa “despolitizar” – enfatizou Singer. Lula aprofundou o embate político entre o “rico” e o “pobre”. O que não tem muito a ver com “direita” e “esquerda”. E quando o subproletariado melhorar de vida ? – ele vai virar conservador e deixar de votar no PT do Lula e da Dilma, perguntou o ansioso blogueiro. O subproletarido vai ser fiel, enquanto o PT respeitar a agenda que Lula impôs: defendê-lo. Paulo Henrique Amorim
johnny - A direita podre e golpista do Brasil possui um projeto em execução há bastante tempo: a destruição de qualquer tentativa de organização das massas, distribuição de renda, democratização dos meios de comunicação. Esse projeto só não conta com o auxílio dos militares pq estes são mais desmoralizados que a própria imprensa podre, dado o seu legado nefasto de 20 anos de arbítrio e corrupção. Agora, como último ato da ópera bufa, a imprensa golpista se utiliza do judiciário para alcançar o fim ansiosamente desejado: a destruição do partido que ousou questionar o modelo econômico do PSDB, destinado a 1% da população. Resta saber se o judiciário, a prostituta de plantão do PIG, conseguirá esconder da população os processos judiciais que envolvam os seguintes conteúdos: Corrupção da mulher de Ricardo Noblat, o moralista corrupto, quando atuou como janeleira do serviço público no INCRA do ladrão Raul Jungman; 185 mil recebidos por Gilmar Dantas do mensalão de Eduardo Azeredo do PSDB; Todo o dinheiro distribuído pelo mensalão de Eduardo Azeredo aos partícipes da quadrilha de FHC, descritos na lista de Furnas; Fortuna acumulada por Serra durante o processo de Privataria comandado pelo ladrão-mor FHC, em nome de laranjas e parentes, descrita minuciosamente no livro a Privataria Tucana; Fortuna acumulada por André Lara Resende quando presidente do BNDES no período FHC; entrou classe média no governo e hoje possui um haras em Portugal, de onde circula de avião pela Europa com seus outros animais para participar de torneios de equitação; Fortuna acumulada por Mendonça de Barros e seus filhos quadrilheiros quando estes recebiam informações privilegiadas do papai para atuar no mercado financeiro; Propinas recebidas por Chico Lopes quando vendia informações privilegiadas para Cacciola; US$ 300.000.000,00 de sobras de campanhas de FHC depositados em paraísos fiscais no exterior, usados por FHC e ilustres membros da quadrilha até hoje; Propinas recebidas por Ricardo Sérgio de Oliveira para montar as fraudes destinadas a entregar o patrimônio público aos amigos de FHC; Compra de votos no Congresso Nacional para a aprovação da PEC da reeleição de FHC. Os exemplos acima são apenas uma amostra. A lista é infinita. Envolve ainda os escândalos do Ministério dos Transportes, o caixa dois do Ministério da Saúde de Serra para financiar sua campanha de 2002 à Presidência etc etc etc. Resta saber se a prostituta do judiciário, a corrupta falsamente moralista, terá o mesmo interesse em apurar toda a podridão do PSDB e da imprensa golpista que sobrevive graças ao dinheiro público nela empregado pelo mesmo PSDB, precipuamente o do canalha Alckmin.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/80594/Lula-era-o-chefe-diz-Val%C3%A9rio-(em-off)-a-Veja.htm

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