"Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido". Lucas, 8:17,12:2 em Mateus10:26

"Corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene". Amós (570-550 a.c.)

"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

quarta-feira, 23 de março de 2011

LIBIA, UM PAÍS CONFLAGRADO

"A primeira baixa de uma guerra é a verdade", disse o senador americano Hiram Warren Johnson, ao final da Grande Guerra, em 1918.


O mundo não se divide entre bons maus. Mas entre interesses que se alteram de acordo com as circunstâncias e conveniências.
A crise na Líbia começou como um levante interno contra a ditadura de Muamar Kadafi. Aos poucos, se transformou em um conflito civil.
Através da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, formou-se uma coalização para intervir no conflito líbio. Os países envolvidos são: Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda.
Mais recentemente, concordaram em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN deve desempenhar o comando nas incursões.
A Alemanha, membro da OTAN, decidiu "não participar deste tipo de ações" para evitar o uso da força e mandou retirar seus navios sitiados no mar Mediterrâneo.
O Brasil, como membro temporário d0 Conselho de Segurança da ONU se absteve da votação como é de praxe.  Mais recentemente, o nosso país exigiu o cessar dos ataques feitos na Líbia.
A resolução da ONU prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de “quaisquer medidas necessárias” para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.  O conflito civil já dura mais de um mês e os insurgentes ganharam força.  Eles querem derrubar o ditador.
Interessante notar que tanto a China como a Rússia, países integrantes do núcleo duro do Conselho de Segurança da ONU (os demais são EUA, França e Reino Unido) não aprovam tais medidas, porém, não as vetaram.
Quais são os objetivos reais da intervenção na Líbia? Há quadro hipóteses:
1 – Evitar que se prossiga o massacre de rebeldes que se insurgiram contra Kadafi?
2 – Apenas estabelecer a zona de “exclusão aérea”?
3 - Apenas remover o líder Muamar Kaddafi que governa autocraticamente o país há mais de 40 anos? Se for, será necessário enviar tropas terrestres para removê-lo, assim como aconteceu contra Saddam Hussein em 2003;

4 – Matar Kadafi. Temos que lembrar que nos anos 1980, o presidente norte-americano Ronald Reagen determinou que se fizesse um bombardeio cirúrgico para matar o líder líbio depois dele ter sido acusado de envolvimento em ações terroristas. Mataram, na verdade uma de suas esposas e filho. É bom recordar das ações terroristas que tanto norte-americanos como israelenses praticaram na região.  Os primeiros, contra membros do Taleban e Al Qaeda; os segundos contra líderes do Hamas.


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