O presidente americano Barack Obama afirmou nesta segunda (7) que a Organização do Tratado Atlântico Norte tem avaliado opções de intervenção militar em resposta aos conflitos na Líbia. Segundo Obama, a Organização irá se reunir em Bruxelas para estudar os meios de contenção das revoltas e dos ataques do governo de Muammar Kaddafi contra os revolucionários oposicionistas.
O jornal A Folha de São Paulo de hoje traz a manchete de que os EUA cogitam enviar armas aos rebeldes anti-Kaddafi entre outras medidas em estudo.
Roberto Fisk, correspondente do jornal londrino Independent informa que Obama, sigilosamente, consultou a Arábia Saudita sobre a possibilidade de fornecer armas aos rebeldes líbios. Até o momento não obteve resposta mesmo porque a Arábia Saudita está bastante preocupada com as manifestações xiitas - “dia da fúria” - marcadas para a próxima sexta-feira.
Já há vários dias, os aviões AWACS dos EUA circulam em torno de território líbio, em contato permanente com o controle aéreo de Malta, pedindo informações sobre os aviões líbios nas últimas 48 horas, planos de vôo e rotas, inclusive todos os planos de vôo do jato privado de Kaddafi – que voou da Líbia à Jordânia e de volta à Líbia, pouco antes do fim de semana.
Foi sugerido a criação de uma "zona de exclusão aérea" para conter, em parte, a supremacia das Forças Armadas leais ao governo de Kaddafi. Caso isso ocorra, os EUA se envolverão diretamente no conflito.
Assim, como se vê, o despertar árabe, os clamores populares por democracia no norte da África, a revolta dos xiitas e o levante contra Kaddafi converteram-se, em apenas poucas horas, em problema militar prioritário para os EUA, no Oriente Médio.
Jamais apoiei e apoarei regimes ditatoriais, porém, as nações têm todo o direito de resolver as questões internas de modo soberano. Interferência de terceiros só é justificável se for para apresentar soluções pacíficas.
O presidente dos EUA, Barak Obama, o inacreditável prêmio Nobel da Paz vem fazendo ameaças ao atual regime líbio, como exigência de Muammar Kaddafi de se afastar do governo.
E se Kaddafi triunfar? Já não bastam as guerras em que os EUA estão metidos?
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