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"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COMENTANDO ARTIGO "A REGRA DO JOGO"

Jornalista DORA KRAMER


Tomei conhecimento de seu artigo A Regra do Jogo (clique aqui para ver), de 14 do corrente.

Se merecer a consideração de sua leitura, informo haver constatado nos manuais de redação do "Estadão" e no da "Folha de SP" que o termo "presidente" se presta a designar aquele ou aquela que venha a ocupar a Presidência da República.  

Dicionários como Michaelis, Dicionário Brasileiro Globo, Aurélio, e outros mais, trazem o termo "presidenta", como sinônimo de "mulher que preside".  A bem senhora sabe disso.

Portanto, mesmo se eu fosse conhecedor profundo da língua portuguesa, não me atreveria em contrapor-me a tão ilustres mestres (autores dos dicionários) do vernáculo pátrio.  E nem me parece soar MUITO melhor, para o caso, “presidente” em face de “presidenta”.  Vai do gosto de cada um.  Ou da implicância que se tem. Até ouso pergunta-lhe: que imprensa é essa que a senhora se refere haver decidido tratá-la por “presidente”?  

Outra coisa: embora tenha maneirado o texto com um "Isso se for mesmo exigência dela e não invenção de marqueteiro" creio que a senhora foi MUITO rigorosa (no significado de cruel) ao elaborar a frase: "É uma idiossincrasia vã essa exigência de Dilma ser...".  Será que a nossa “presidenta” teve mesmo a intenção velada de exercer influências ao preferir assim ser tratada?   Mais: Sensibilizo-me em sabê-la preocupada para com as dificuldades dos auxiliares da “presidenta” (quais?) quando têm de se referir a ela segundo a nova norma (norma? é obrigatória?); é MUITO constrangedor mesmo ver adultos "tentando" adaptar-se só para agradar ao poder (agradar ao poder?)! 

Além do mais, surpreendo-me com a sua frase "tenta-se IMPOR a regra“, pois, não é verdade, mesmo porque essa questão idiomática jamais foi COMUM no país.  Dilma é a primeira das mulheres a assumir tão honroso cargo.  

Considerando ser a senhora uma profissional zelosa das convenções patronais, deve mesmo empregar a forma "presidente" quando se referir à senhora Dilma V. Rousseff. Profissionalmente, essa obediência é muito importante.

Sinceramente, creio que a grande imprensa nacional, exceções à parte, está de picuinha. 

E como é algo tão sem importância dada a insignificância em si, bem que a imprensa do sempre contra poderia – num gesto de suma boa vontade - tratá-la de “presidenta”, como parece preferir Dilma. 

Cordialmente,
M.F.

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