Especial para a Folha de S.Paulo

A história da hegemonia norte-americana no continente nos remete a dois momentos importantes: primeiro a Doutrina Monroe, de 1820, cuja máxima "A América para os americanos" traduziu a liderança sobre toda a América. Depois a política intervencionista do "Big Stick", o "grande porrete" de Roosevelt (1901-1909), que resultou em intervenções militares.
Agora, George W. Bush manifesta a pretensão de consolidar e de ampliar sua influência no sul da América. Washington tem uma nova estratégia hegemônica: aposta suas fichas na consolidação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) com vista a transformar o continente num gigantesco mercado para a circulação de produtos "Made in USA".
Sustenta a logística do Plano Colômbia, marcando posição na luta contra o narcotráfico, e em um aviso dirigido à Venezuela pressiona a OEA (Organização dos Estados Americanos) para que monitore os regimes democráticos da região.
Agora com um discurso disfarçado de cooperação militar, a Casa Branca crava suas bases no território do país vizinho. Para os críticos, atrás dessa retórica da defesa da democracia, do combate ao narcotráfico e da luta contra o terror, o que de fato existe nessa presença estratégica é o interesse nas riquezas da região.
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