“É triste, estão desmontando a Cultura”. Com essa frase o conhecido e temperamental maestro JULIO MEDAGLIA sintetizou o que, no seu entender, vem acontecendo no importante setor artístico e cultural do estado de São Paulo.
Após 25 anos de trabalho da TV Cultura paulista, teve o seu contrato rescindido. Ele contou ter sido chamado por João Sayad (presidente da TV Cultura) e ouviu dele muito obrigado, ter sido personagem importante, mas que ia colocar jovens para fazer o programa de rádio e a cobertura dos projetos de ópera e ia comprar um enlatado americano para a TV.
Enlatado dos EUA? Então, para que serve a TV paulista? Não é para difundir a cultura, os usos e costumes, os valores pátrios, a vida brasileira? Vá lá que haja programa de aulas de outras línguas: francês, italiano, japonês, inglês... e até javanês se houver interessados! Mas só um pouquinho, tá?
Mestre Medaglia declarou saber quem é a pessoa que conduz esse desmonte, mas não diz porque não tem como provar.
Dirigia o programa “Prelúdio” (programa destinado a revelar jovens artistas da música clássica), ganhava R$ 4 mil mensais, sem direitos trabalhistas, sem plano de saúde. Ele mesmo “bolava” a programação.
Informou que o programa trazia um público jovem para a casa, o Instituto Goethe dava uma bolsa na Alemanha para o vencedor, o Consulado Italiano dava outra para a Itália. E não custava nada para a emissora.
“Estão desmontando a Rádio Cultura inteira, a TV Cultura também. É uma coisa triste. Estão sendo dirigidos por pessoas que não sabem dirigir, com uma programação sucateada, programas infantis que vão sendo repetidos”, finalizou.
A se confirmarem as palavras do maestro elas não causam nenhuma surpresa. É o “jeito tucano de governar”. Não era a logomarca do PSDB?
Parei, viu?
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