Percebendo que a opinião pública está a apoiar de forma irrestrita a corregedora ELIANA CALMON, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na sua cruzada contra desmandos, compadrios, irregularidades que ocorrem no Poder Judiciário e enfrentamento que lhe fazem as diversas entidades representativas da magistratura, IVAN SARTORI, o novo presidente do TJ-SP compareceu pessoalmente ao gabinete da ministra para convidá-la à sua posse a ocorrer no próximo dia 6 de fevereiro.
De quebra, atribuiu à imprensa parte da responsabilidade pelo entrevero. A imprensa, regra geral, só registra os acontecimentos. Há exageros e má-fé de uns poucos órgãos e jornalistas, é evidente. Só que no caso, as reações corporativas dos juízes evidenciaram que algo vai mal. Quem anda certo, nada teme.
Sartori, recompondo-se de algumas colocações infelizes que fez, afirmou que tanto Calmon como o CNJ estão bem intencionados. Ah, bem... Ele sabe -- de sobejo -- que até os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os impolutos Mello e Lewandovski concederam liminares barrando investigações já iniciadas por Eliana Calmon.
Com tais atitudes, Sartori se redime. Sei lá dos motivos. Quem sabe os familiares e amigos, o motorista particular, o cabelereiro, o ascensorista, a empregada, o verdureiro, ... não o chamaram à razão?
Um dos perigos ao assumir o poder é perder a perspectiva da realidade!
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