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"Ninguém pode ser perfeitamente livre até que todos o sejam".

Santo Agostinho

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Presidente TRT-Rio pede explicações ao Coaf e ataca OAB

A presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no Rio, a desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry enviou ofício ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, pedindo informações sobre o possível servidor do tribunal que teria movimentado R$ 282,9 milhões no TRT em 2002.
Segundo a magistrada, não houve qualquer ofício ao TRT informando sobre qualquer funcionário: "Nunca, nunca o tribunal recebeu qualquer comunicação do Coaf, do Banco Central ou de movimentação financeira de qualquer servidor".
Sallaberry ainda atacou o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous. Segundo ela, Damous foi "leviano" ao afirmar que o tribunal deveria identificar o servidor.
"Não temos a menor notícia de qualquer envolvimento de servidores ou magistrados. Ainda que o tribunal tivesse sido cientificado abriria uma sindicância sigilosa. Desculpe, fico emocionada. Nem sei se existiu, mas do jeito que foi feito até eu estou sob suspeita. É totalmente leviano afirmar que o tribunal tem de apurar", desabafou Sallaberry.
O presidente da OAB, seccional Rio, Wadih Damous lamentou a declaração da presidente do TRT a quem considerou estar em um "momento infeliz".
"A presidente do TRT errou o alvo. Sempre tivemos uma postura de colaboração entre as instituições e acredito que por conta de tudo isso, ela deve estar passando por um momento difícil. Generalizei para não individualizar. O Coaf que venha à público e esclareça logo isso para evitar várias informações e debates. Vou desconsiderar o que a presidente do TRT disse. É melhor", afirmou Wadih Damous.
A discussão entre a presidente do TRT, no Rio, e o presidente da OAB-RJ, é mais um capítulo das discussões que envolvem as movimentações financeiras em contas bancárias de magistrados ou servidores da Justiça no país.
As informações foram descobertas pelo Coaf e passadas à ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A medida de Eliana foi pedir a apuração mas foi impedida por uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal).

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