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sábado, 10 de dezembro de 2011

Guerra Aécio/Serra abriu a caixa preta da "privataria"

Guerra Aécio/Serra abriu a caixa preta da

LIVRO “A PRIVATARIA TUCANA” NASCEU DO PEDIDO DE AÉCIO NEVES PARA QUE O JORNAL ESTADO DE MINAS INVESTIGASSE O RIVAL JOSÉ SERRA; ESCRITO PELO JORNALISTA INVESTIGATIVO AMAURY RIBEIRO JÚNIOR, O LIVRO REVELA COMO O EX-GOVERNADOR PAULISTA, SEUS OPERADORES, SEU GENRO E ATÉ SUA PRÓPRIA FILHA ENRIQUECERAM COM A VENDA DE ESTATAIS

09 de Dezembro de 2011 às 16:53

247 – O livro mais anunciado, comentado e aguardado por aqueles que se intitulam “blogueiros sujos” está nas livrarias. Escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior, a obra “A Privataria Tucana” vem sendo anunciada desde a campanha presidencial de 2010, quando Amaury se tornou personagem da história, ao ser acusado de quebrar o sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do então candidato José Serra. O episódio fez com que Fernando Pimentel, hoje em seu inferno astral, perdesse espaço na campanha para os paulistas liderados por Rui Falcão e Antonio Palocci. Amaury submergiu e se dedicou a concluir seu livro, lançado nesta sexta-feira pela Geração Editorial, do jornalista Luiz Fernando Emediato. É um trabalho que traz revelações importantes sobre a era das privatizações, expõe de forma clara o tráfico de influência comandado por Serra e seus operadores, especialmente o tesoureiro Ricardo Sérgio de Oliveira, e revela ainda como uma guerra interna no ninho tucano deu origem a toda essa história. Ex-repórter do Estado de Minas, que lutava para emplacar Aécio Neves como presidenciável, Amaury recebeu a encomenda de investigar a vida de José Serra. O resultado são as 343 páginas de “A Privataria Tucana”.

Em 2009, Aécio e Serra disputavam a indicação tucana para concorrer à presidência. O mineiro defendia prévias e o paulista se colocava como “o primeiro da fila”. Amaury, que vivia em Belo Horizonte, foi chamado por seus patrões para a missão quando o Estado de S. Paulo publicou um texto intitulado “Pó pará, governador?”, um tanto estranho para os padrões austeros da família Mesquita, pois, já no título, insinuava que Aécio seria um cocainômano – e que, portanto, não poderia sonhar com a presidência. A partir daí, veio a resposta mineira. Segundo Álvaro Teixeira da Costa, dono do Estado de Minas, São Paulo não deveria mexer com Minas, pois os mineiros também saberiam lutar.

Amaury recebeu a encomenda e disse aos patrões que a fragilidade de Serra residia nas privatizações. E assim começou a investigá-lo, bem como a seus principais operadores: Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, e Grégorio Marin Preciado, casado com sua prima. No meio do caminho, Amaury descobriu as contas usadas por Ricardo Sérgio, Gregório e até pela filha de Serra, Verônica, e por seu genro, Alexandre Bourgeois.

Eis algumas das revelações do livro:

• Carlos Jereissati, dono da Oi, usou sua empresa Inifinity Trading, sediada em paraísos fiscais, para pagar propina a Ricardo Sérgio de Oliveira, na empresa Franton Enterprises.

• A propina pela compra da Oi, segundo o autor do livro, seria próxima a R$ 90 milhões. Jereissati e seus parceiros chegaram ao leilão sem recursos e foram socorridos por fundos de pensão, comandados por Ricardo Sérgio de Oliveira e seu braço direito João Bosco Madeiro.

• Ricardo Sérgio de Oliveira, que era chamado de “Mr. Big” e se tornou amigo de Serra por intermédio de Clóvis Carvalho, comprou prédios inteiros em Belo Horizonte, que depois foram também vendidos a fundos de pensão estatais. O livro traz documentos e procurações usadas por Ricardo Sérgio e seus laranjas.

• Na privatização da Vale, vencida por Benjamin Steinbruch com recursos dos fundos de pensão, num consórcio organizado por Miguel Ethel e José Brafman, a propina teria sido de R$ 15 milhões.

• Gregório Marin Preciado, “primo” de Serra, organizou o consórcio Guaraniana, que, também com dinheiro dos fundos de pensão, comprou várias distribuidoras de energia no Nordeste, hoje pertencentes ao grupo espanhol Iberdrola.

• Preciado e Ricardo Sérgio jogavam juntos. Boa parte dos depósitos recebidos pela Franton Enterprises, de Ricardo Sérgio, eram feitos pelo “primo” de Serra. As movimentações da dupla, documentadas no livro de Amaury, somam mais de US$ 20 milhões. Preciado e Serra também aparecem como sócios num terreno em São Paulo. Também na era Serra, o Banco do Brasil teria reduzido uma dívida de R$ 448 milhões de Preciado para míseros R$ 4,1 milhões.

• O livro também aborda a sociedade entre a empresa Decidir.com, de Verônica Serra, filha do ex-governador tucano, com o grupo Opportunity, de Daniel Dantas. A Decidir.com, voltada para leilões na internet, recebeu cerca de R$ 10 milhões em investimentos, mas nunca apresentou resultados. Em abril de 2002, a empresa foi dissolvida.

• Tanto Verônica Serra como Ricardo Sérgio de Oliveira utilizaram a mesma empresa, a Citco, para abrir suas contas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

Além disso, o livro também revela como Serra teria usado o governo de São Paulo para contratar a empresa Fence e espionar adversários políticos – era essa, aliás, uma das encomendas iniciais do Estado de Minas: descobrir por quem Aécio vinha sendo seguido em suas constantes noitadas cariocas. Por último, depois de se dedicar à guerra interna dos tucanos, Amaury escreveu sobre a guerra interna do PT, na campanha de Dilma, entre os grupos de Fernando Pimentel e Antônio Palocci.

O que talvez comprove que PT e PSDB têm muito mais semelhanças do que diferenças. Uma boa sugestão para o repórter seria um livro sobre a "privataria" petista, com recursos do BNDES, dos fundos de pensão e até do FGTS.

COMENTÁRIOS:
Antonio S. Valentim

Uai, os intelectuais da elite tambem fazem trambiques para roubar, e brigam entre eles mesmos para ver quem pega mais dinheiro público?
Quintela

Não verei nenhum comentário dos "arautos" da moralidade e dos "bastiões" de honestidade criticando a corrupção no governo FHC, que sempre existiu mas que a imprensa paulista nunca mostrou nem explorou com sensacionalismo! Para os santos-do- pau-oco da moralidade, os rompantes de indignação é só contra os petistas!
Rodoxx

Quando li o título do livro pensei: alguém corajoso resolveu descompactar os arquivos das privatizações dos Tucanalhas. Até achei que seria um bom livro, mas depois que vi a matéria dizendo que foi outro tucanalha quem pediu para "declarar" as falcatruas que a quadrilha FHC fez com o Brasil, desanimei.
Vinicius Gaban

Era para ser um excelente artigo, com breve explicações sobre o livro sobre as privatarias do Governo Tucano que os ajudou a compor o caixa de campanha do PSDB e o capital do partido para o decorrer do ano (dentre outras fontes) mas nosso articulista tinha que politizar sua opinião. Só demonstra como grande parte de nossa "elite" é ignorante ou se faz de ignorante o que é mais provável, a aplicação de fundos do trabalhador para investimentos em infra-estrutura não são a fundo perdido e em absolutamente NADA se assemelha a venda de empresas, os trabalhadores desse país são os grandes investidores de todo o desenvolvimento brasileiro. Por isso, nosso Governo Federal é elogiado e premiado no mundo inteiro e nesta terra, nossa mídia e grupos de oposição acham que os bons frutos do Brasil se dão basicamente pela sorte e pelo acaso. E são eles (Mídia e oposição), o ELO FRACO do Brasil. Que não entendem a criatividade dos negócios da União e rotulam tudo como atos de corrupção. Lamentável. Derruba-se a casa mas queima-se os ratos.
MARCELO

Eu não sou jornalista,mas vou revelar o seguinte:o Aécio mandou a Band demitir o Kajuru em 2003.Esse livro do Amauri faz parte da briga Serra/Aécio para 2014.Por quê ele não fala sobre o Aécio que foi pego dirigindo bêbado no Rio? Porque o Amauri trabalha para o Estado de Minas que puxa o saco do Aécio,ora bolas!
Rubens

Das 343 páginas do livro, um terço é de documentos que falam por si mesmos. Todos retirados de fontes legais. Amaury fez sozinho aquilo que a grande imprensa deveria ter feito no governo FHC e não fez, por conveniência política.
Quintela

Quando o advogado não tem defesa a estratégia é desqualificar o acusador! E é exatamente isso que começaram a fazer! Vamos desqualificar o Amaury Ribeiro, como o estadão começou ontem na matéria do policial bandido e do Durval Barbosa, o corrupto arrependido que entregou o esquema DEM-DF. Amaury Ribeiro é um excelente repórter e já recebeu diversos prêmios! Funcionário de Aécio Neves no Estado de Minas. A mando do seu chefe, Aécio Neves, queria dar o troco pelo dossiê que Serra tava preparando (ele dizia que isso era coisa de petista!). Estadão publicou Pó Pará Governador, Juca Kfouri faz reportagem de Aécio batendo em mulher... em fim... o esquema Serra de dossê estava a todo vapor... Aí o "minerim" resolveu dar um basta, mandou preparar uma dinamite... E agora José???? Domiciano, antes das eleições o livro já estava pronto! Só que Serra conseguiu evitar o lançamento antes. Serra e o PIG criaram aquela história de dossiê envolvendo o Amaury justamente para desacreditá-lo... Junte os pontinhos..., no livro não tem nenhuma mentira... TUDO é fato! Amaury nunca trabalhou pra petista nenhuma. Ele sempre foi funcionário da família Neves. Só que o Aécio cansou de tomar porrada do Serra, sabendo que ele é mala suja demais pra dar lição de moral nos outros. Alias, se tem alguém que não merece credito esse alguém é José Serra!
Almir

O mal por si se destroi. Mas tem uma incrível capacidade de se reinventar.
Pierluigi
Enfim ,alguém está a desmascarar o nosso "vampiro brasileiro". De indivíduo soturno e notívago boa coisa não pode se esperar. Em todas as eleições em que concorre, Serra divulga que o estão espionando, elaborando dossiê contra ele e os seus. Agora, comprova-se que o "feitiço virou contra o feiticeiro"!
http://www.brasil247.com.br/pt/247/poder/29060/Guerra-A%C3%A9cioSerra-abriu-a-caixa-preta-da-privataria.htm

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